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Imagine sair para dar um mergulho e dar de cara com uma arma mortal dos tempos dos cavaleiros templários? O acontecimento, que parece ter saído de um livro de Dan Brown, intrigou boa parte do mundo, já que foi vista em águas rasas no norte de Israel. Como tal tesouro não havia sido encontrado ainda? Acredita-se que o objeto, incrustado com organismos marinhos, ressurgiu após o deslocamento das areias do Mediterrâneo. As Autoridades de Antiguidades de Israel (IAA) disseram em nota que, uma vez limpa e analisada, a relíquia medieval será colocada em exibição pública.

A lâmina de 1,20 metro de comprimento e pesando um quilo e meio foi descoberta por Shlomi Katzin, em Haifa, cidade portuária do país. Com sua câmera “GoPro” acoplada na testa, Katzin disse às autoridades locais que jamais imaginou encontrar algo tão valioso. Como em Israel há uma lei definindo que todo artefato histórico deve ser entregue à nação, o mergulhador fez apenas um pedido: tirar uma foto segurando a agora histórica arma branca. Produzida em ferro, os especialistas e historiadores israelenses que a observaram, acreditam que ela deve ter sido usada na Terceira Cruzada, também conhecida como a Cruzada dos Reis.

Iniciada em 1189, teve a participação de Filipe Augusto, da França, Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra, e Frederico I, o Barba-Ruiva, que comandava o Sacro Império. Para Sérgio Ribeiro, professor de História da Universidade Mackenzie, apesar de não terem capturado Jerusalém, abriram diversas rotas comerciais. “Isso sem falar nas outras cruzadas, não havia só guerreiros, mas também peregrinos e pessoas procurando objetos valiosos de Cristo, como o Santo Graal”, diz. As Cruzadas começaram em 1095 e duraram séculos. Cristãos europeus tentavam tomar o controle de Jerusalém das mãos muçulmanas. Se a espada, objeto de ferro, caríssima para ser produzida naquela época, esteve mesmo nas mãos de algum dos cavaleiros templários — aqueles que usavam roupa branca com uma cruz vermelha — caberá apenas aos historiadores decidirem.