São fartos os exemplos de atores, atrizes, cantores e comediantes que, ao longo dos anos, migraram dos palcos e telas para a política nacional.

Muitos deles, inclusive, tiveram enorme sucesso em suas novas atribuições, apesar de não me ocorrer nenhum nome, assim, de bate pronto.

Mesmo neste governo, que muitos acusam de ser tão pouco afeito à cultura, já tivemos alguns exemplos da arte migrando para a política.

Por exemplo aquele ator de importante telenovela do horário matutino que, alçado ao cargo máximo da cultura nacional, mostrou para nossa juventude que basta malhar para conquistar.

No mesmo cargo tivemos, anteriormente, a namoradinha do Brasil. Verdade que intimidada pela imprensa marrom não conseguiu os melhores resultados, mas provou que neste governo o machismo não passará e que para assuntos menores, como a cultura podemos, sim, contar com o sexo frágil.

Os exemplos da influência da arte neste governo são muitos.

Temos a presença, indireta é claro, do Midas da teledifusão, o patrono do empreendedorismo midiático que, desinteressado, escalou seu cunhado para dedicar tempo e conhecimento para o sucesso da Comunicação deste governo.

Então calem-se as vozes que insistem em criticar este presidente, alegando que seu governo não apoia a cultura.

E fontes garantem que a proximidade do presidente com a arte faz parte de um plano muito maior, que esta coluna revelará agora.

Com a proximidade de outubro, entre os fofoqueiros de plantão, corre à boca pequena, que a vitória do presidente não
é mais dada como certa.

Há aqueles que asseguram que, se o presidente não for reeleito, inevitavelmente acabará coabitando com alguns de seus colegas políticos cariocas, uma das facilidades construídas pelo Estado para abrigar aqueles que não vivem sob as mesmas regras de convívio que a sociedade estabeleceu.

Imaginar esse fim para o presidente é acreditar que ele não tem cada passo de sua carreira planejado.

Militar expulso do exército com o peito cheio de honra, nosso presidente é um homem preparado para qualquer circunstância.
E seus planos – que revelo agora – são claros desde o início  do governo.

Nosso presidente nunca viu no Palácio do Planalto um fim,  e sim um meio de realizar seu sonho maior.

O sonho, guardado a sete chaves, de migrar da política para  a arte.

Este nosso presidente nunca deu ponto sem nó, meu amigo.

Basta pensar quantas e quantas vezes nos fez rir com seu savoir faire.

Tantas e tantas piadas ao longo dos últimos 4 anos, que fizeram a diversão de milhões e milhões de brasileiros, finalmente se justificam.

Enquanto todos olham para as eleições, o presidente mira o futuro que sempre sonhou

E mais. Está explicado porque o presidente sempre teve como regra se cercar de personagens risíveis! Uma peneira que o mandatário fazia para saber quem tinha a verve do humor e que poderia contar após os quatro passageiros anos no poder.

Tudo caso pensado de um homem que tem o pulso de seu destino!

Agora, plano revelado, fontes informam que estão adiantadas as negociações para, assim que anunciada sua derrota, o presidente lance seu programa de humor.

Pesquisando um pouco mais, descubro que o programa deve se chamar “A Escolinha do Professor Bolsonaro”, homenagem ao clássico eternizado por Chico Anísio.

Em sua versão revista e atualizada, o programa terá o presidente no papel principal e alguns alunos – ministros atuais ou passados – já são presença confirmada, como o astronauta, a moça da goiabeira, o ricaço, entre outros. Já dá para ter uma idéia do sucesso.

Dizem até que o encontro do presidente com os embaixadores, na semana passada, foi coisa preparada pela equipe de divulgação do programa.

Por isso não deixaram filmar.

A peça publicitária foi criada para divulgar o programa e será veiculada nos meses que sucederem a eleição.

Tem mais.

Dizem ainda que um segundo programa está em negociação, esse mais intimista, aos moldes de “A Grande Primeira Família”.

Mas a negociação empacou com os filhos. Todos querem ser o Agostinho Carrara.