Releia abaixo as principais datas da violência entre israelenses e palestinos desde 2015:

– Ataques contra os israelenses –

Em setembro de 2015, um ano após a terceira guerra israelense na Faixa de Gaza, houve três dias de confrontos entre palestinos e policiais israelenses na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém.

Em 1º de outubro, dois colonos morrem por tiros palestinos em seu veículo na Cisjordânia.

A violência se espalha para Gaza, onde sete jovens palestinos morrem baleados por israelenses durante os confrontos na fronteira do enclave.

No dia seguinte, Israel afirma ter frustrado um atentado e realizam ataques em retaliação ao lançamento de um foguete, matando uma palestina grávida e sua filha.

Entre outubro de 2015 e dezembro de 2016, os ataques acabam com a vida de mais de 240 palestinos e 36 israelenses.

A maioria dos palestinos mortos foram autores, ou supostos autores, de ataques, geralmente com arma branca.

– Esplanada das Mesquitas –

Em 14 de julho de 2017, três árabes israelenses matam dois policiais na Cidade Velha de Jerusalém, antes de serem mortos na Esplanada das Mesquitas.

Israel afirma que as armas usadas foram escondidas na esplanada e fechou o acesso ao terceiro local sagrado do Islã por dois dias.

Medidas de segurança são estabelecidas, incluindo detectores de metal e câmeras de vigilância.

As tensões se transformam em confrontos entre manifestantes palestinos e policiais israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

Sob fortes pressões internacionais, Israel retira as novas medidas de segurança.

– Grande marcha de retorno –

Em 30 de março de 2018, as manifestações palestinas começam ao longo da barreira que separa a Faixa de Gaza de Israel para denunciar o bloqueio e o “direito de retorno” dos palestinos expulsos de suas terras, ou que fugiram no momento da criação de Israel, em 1948.

Dezenas de milhares de palestinos convergem ao longo da barreira. Alguns grupos jogam pedras e bombas incendiárias contra soldados que respondem com munição real, matando 19 palestinos, segundo o Hamas.

Em 14 de maio, dezenas de milhares de palestinos se reúnem em manifestações que coincidem com a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém, país que ratifica o reconhecimento da cidade como capital de Israel. Pelo menos 62 palestinos morrem.

Em 14 de julho e, na madrugada de 9 de agosto, Israel é alvo de ataques com centenas de foguetes.

Em 11 de novembro, um ataque das forças especiais israelenses em Gaza causa a morte de sete palestinos, e um oficial israelense também acaba morrendo. No dia seguinte, o Hamas ataca um ônibus, ferindo seriamente um soldado.

É o começo de uma escalada com o lançamento de centenas de foguetes e projéteis contra Israel e dezenas de ataques israelenses a posições em Gaza. Sete palestinos morrem.

No dia 13, uma trégua é acordada com mediação do Egito. O então ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, a considera uma “rendição ao terrorismo” e renuncia.

Nos dias 4 e 5 de maio de 2019, um surto de violência entre grupos armados palestinos em Gaza e Israel custa a vida de 25 palestinos, dos quais pelo menos nove são combatentes. Quatro civis israelenses também são mortos.

Grupos palestinos disparam centenas de foguetes contra Israel. O Exército respondeu, atacando centenas de alvos em Gaza.

Desde março de 2018, mais de 310 palestinos foram mortos por tiros israelenses, principalmente durante os confrontos que ocorreram durante as manifestações. Outros morrem em ataques israelenses em retaliação por atos hostis do enclave. Oito israelenses são mortos.

– Jihad islâmica na mira –

Em 12 de novembro, o Exército israelense e os serviços de Inteligência internos (Shin Beth) realizam uma operação contra o comandante da Jihad Islâmica em Gaza, Baha Abu al-Ata. Foguetes são lançados contra Israel. Desde então, cerca de 20 palestinos morreram em ataques israelenses, incluindo o comandante da Jihad Islâmica e sua esposa.