A abertura comercial do cabo submarino de fibra óptica de segunda geração, entre o Brasil e a Europa, é uma novidade que facilitará a vida de milhares de empresas e consumidores, a partir de meados de junho. Atualmente, a comunicação de dados entre o Brasil e a Europa é feita por cabo submarino entre Fortaleza e um ponto no Estado da Virgínia (EUA) e de lá segue para a Europa. Isso significa que a comunicação passa pelos Estados Unidos, antes de os dados serem enviados ao continente europeu, o que aumenta a distância e os custos.

Foi uma empresa com sede na Irlanda, a EllaLink, que executou a obra, instalando pouco mais de seis mil quilômetros de cabos submarinos entre Fortaleza e Sines, em Portugal, com passagens em Cabo Verde e na Ilha da Madeira. A partir de Fortaleza, em etapa posterior, um outro cabo submarino de última geração ligará o Nordeste a Santos e ao Rio de Janeiro. Por enquanto, as operadoras devem usar a tecnologia de backbone para transmitir os dados entre Sudeste e Nordeste do Brasil, ou o cabo antigo – aberto em 1999 – para transmitir os dados.

A EllaLink informou que a ligação direta entre o Brasil e a Europa diminuirá pela metade a latência – o tempo gasto na transmissão de dados – o que terá um impacto positivo em várias atividades, como operações no mercado financeiro, conversas por aplicativos, jogos online e pesquisas científicas. O cabo submarino custou R$ 1 bilhão, com a maioria dos investimentos feitos pela empresa irlandesa, apoiada pela União Europeia. Uma iniciativa que trará progresso para os próximos 20 anos.