É no mínimo polêmica a denúncia do Ministério Público Federal em Brasília contra o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site “The Intercept Brasil”. Juntamente com outras seis pessoas, o MP o acusa de ter auxiliado o grupo de hackers que no ano passado invadiu os celulares de autoridades – entre os aparelhos estão o do ministro Sergio Moro e os telefones de procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. A denúncia é baseada em conversas que foram inteceptadas entre Greenwald e um dos hackers. São ao todo 1.285 palavras. A Polícia Federal as ouviu e concluiu que o jornalista em nada participou do hackeamento. Ele apenas recebeu o material hackeado que revela conversas de Moro, na época ainda juiz, com procuradores — e, jornalisticamente, as divulgou no exercício regular de sua profissão. A PF não abriu inquérito, não investigou e consequentemente não indiciou Greenwald, mas ainda assim o MP o denunciou. Fica dessa forma aberta a discussão se está ocorrendo o cerceamento da liberdade de imprensa, princípio garantido na Constituição. Pelo quadro demonstrado até agora, tal cerceamento seria o fato mais grave de toda essa história, uma vez que atenta contra a democracia e o Estado de Direito. Diversas entidades representativas das mais diversas formas de mídia já protestaram publicamente contra a posição do MP.

IRÃ
Donald Trump com a cabeçaa a prêmio

Divulgação
JIM WATSON / AFP

Ahmad Hamzeh (esq.), parlamentar iraniano, está oferecendo recompensa de US$ 3 milhões para quem assassinar Donald Trump, presidente dos EUA. Hamzeh é de Kerman, província natal de Qassem Soleimani, líder militar do Irã que foi morto pelo exército americano em um ataque de drones. A sua morte gerou clima de tensão entre os dois países. O parlamentar afirmou que Soleimani, agora morto, será mais perigoso para os EUA do que era em vida. Trump classificou o atentado fatal como “ação preventiva”.

BRASIL
Juiz não garantido

Divulgação

O ministro Luis Fux, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu por tempo indeterminado a implementação do juiz das garantias, prevista no pacote anticrime, que entrou em vigor na quinta feira 23. Entre os argumentos que usou para justificar a sua decisão estão o fato de a lei ter sido aprovada sem a previsão de impacto orçamentário e o entendimento de que tal mudança deveria ter sido proposta pelo Poder Judiciário. Assim, o final do interminável debate sobre juiz das garantias parece mais longe ainda de gerar um consenso.

Incêndios
Chuva auxilia no combate ao fogo na Austrália

Brook Mitchell/Getty Images

A Fundação Cacique Cobra Coral foi contratada por um grupo de empresários australianos para auxiliar, por meio de intercessão espiritual e científica, no combate aos resistentes incêndios que estão afetando o país desde a virada do ano – sobretudo nas regiões de florestas e rurais, já tendo causado a morte de aproximadamente um bilhão de animais. O porta-voz da Fundação Cacique Cobra Coral, Osmar Santos, afirma que a instituição tem o poder de atuar, a partir de conhecimentos esotéricos e da ciência, na atração ou afastamento das chuvas. Essa não é a primeira relação entre a entidade e a Austrália, visto que desde 2011 ela faz previsões alertando sobre o potencial catastrófico dos incêndios. Na segunda-feira 20, fortes chuvas caíram na Austrália, abrandando sensivelmente as áreas mais prejudicadas.

AMBIENTE
Os 259 mortos de Brumadinho mudam a história do Brasil

Mauro Pimentel / AFP
Sergio LIMA / AFP

Há um sinal de que talvez esteja mesmo chegando ao fim, em nosso País, a impunidade de poderosos que lesam gravemente os mais humildes dos cidadãos. O Ministério Público de Minas Gerais denunciou por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) onze funcionários da Vale e cinco da consultoria alemã Tüv Süd pelo rompimento da barragem de Brumadinho, tragédia que deixou 259 mortos (completa um ano nesse sábado 25). Entre os denunciados está aquilo que parecia inimaginável: o próprio ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman (foto). Onze corpos continuam desaparecidos.