Julio Serson, presidente licenciado do Grupo Serson, que atua na área de hotelaria, no setor turístico, agropecuário e imobiliário, foi o entrevistado da live de IstoÉ nesta terça-feira (25). Júlio está secretário de Relações Internacionais do governo de São Paulo desde o início do governo João Dória (PSDB).

Na conversa com o diretor de redação da revista, Germano Oliveira, ele falou sobre o trabalho do governo paulista na área internacional para atrair investimentos e negócios.

“A prioridade número um da gestão é saúde, mas criar empregos e a retomada econômica caminham juntos.”

Por isso, entende o secretário, é importante estabelecer laços comerciais, sociais e econômicos com as diversas nações. Serson falou sobre as atribuições da secretaria, que tem por compromisso reforçar parcerias bilaterais, multilaterais e atrair investimentos estrangeiros para o benefício da população paulista e que sua secretaria tem a missão de abrir caminhos para que as outras secretarias do estado atuem.

“O governador João Doria sempre valorizou a necessidade da internacionalização do estado para a busca de recursos, oportunidades e investimentos”, disse ele.

Com a pandemia de Coronavírus, o trabalho teve que ser interrompido, mas que o governo já prepara uma super retomada dos negócios para o ano que vem. “A partir de janeiro de 2021, o governador vai retomar a agenda internacional, começando pelo Fórum Econômico de Davos, depois China, Eestados Unidos, Inglaterra e outras nações atrás de bons negócios”, anunciou.

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No bate-papo, o secretário também falou sobre os impactos da Covid-19 nas relações internacionais e as medidas adotadas pelo governo no enfrentamento à crise sanitária na pasta. Serson destacou que a secretaria deu início a diversas ações, que vão desde reuniões com representações internacionais para o compartilhamento das medidas adotadas no estado, bem como de orientações dos órgãos multilaterais.

A meta do secretário no pós-pandemia é continuar a ser um “caixeiro viajante” e atrair negócios e dinheiro externos. Ele admite dificuldade extra pela imagem ruim do país lá fora, principalmente pela má conduta do governo federal na questão do meio ambiente.

“Não é uma forma ideal. Com a política ambiental do governo Bolsonaro é difícil atrair investimentos internacionais.”

Segundo Julio, o governo Dória acredita numa condução das relações externas baseada na concretude dos resultados, na cooperação entre parceiros comerciais estratégicos. “Estamos repetindo uma agenda que deu certo na prefeitura de São Paulo e que se mostrou um sucesso no governo estadual”, diz.

“Fechamos importantes negócios e atraímos mais de R$ 15 bilhões em investimentos para nosso estado, cerca de 7 em Davos. Ano que vem, vamos no mínimo repetir 2019”, calcula.

Para ele, a democracia e a tradição de um internacionalismo de vocação responsável, pacífica e com resultados concretos são, portanto, valores que norteiam a condução das relações internacionais estabelecidas por São Paulo.

“A democracia é um instrumento de atração de negócios e investimentos para qualquer país, estado ou cidades”, avalia. “Temos que valorizar o papel da China”, completa.

“Independente da questão ideológica, aonde a oportunidade estiver, nós estaremos juntos”, finaliza.


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