O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) participou da live de ISTOÉ nesta sexta-feira (27). Líder do governo no Senado, ele falou sobre o cenário político nacional, da atuação do governo federal no enfrentamento à crise do coronavírus e a situação econômica do Brasil, além das propostas de Reformas Administrativas e Tributárias.

Bezerra acredita que a administração do presidente da República está no rumo certo.

“Se Bolsonaro acertar na economia em 2021, ele é o franco favorito na eleição presidencial de 2022”, avalia.

Para o parlamentar, as posturas beligerantes de Bolsonaro não passam de arroubos. Ou seja, de entusiasmo com o público que o elegeu.

“O presidente é muito voluntário e solidário aos amigos”, acredita. “O primeiro ano foi de ajustes. Neste ano, o governo, do ponto de vista daquilo que foi aprovado no Congresso, de forma particular no Senado, tem um saldo muito positivo”, ressalta.

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Fernando comenta que a mudança de comportamento do presidente mostra a maturidade do chefe do Executivo no atual momento. Essa mudança de postura, para Bezerra, tem as digitais do Centrão e outros dos partidos como o MDB.

“O Brasil é uma democracia em consolidação. Não se governa sem apoio do Congresso. Ele deixa a postura de radicalização, de enfrentamento com os poderes, e passa a privilegiar a negociação política”, entende.

O aliado do governo chama atenção também para as diretrizes de Bolsonaro para o enfretamento da crise econômica causada pela Covid-19.

“O Brasil é o país que tem tido o melhor desempenho em relação aos outros países”, diz. O problema de Bolsonaro, para Bezerra, “é que o presidente coloca as falas, às vezes, de forma muito contundente e isso gera algumas dificuldades de aceitação, de assimilação e pode até eventualmente criar alguns ruídos políticos”, diz.

“Retomar a economia, para o país voltar a crescer, e uma excelente campanha de vacinação em massa. Salvar vidas e salvar a economia”, completa.

Sobre as reformas e o debates econômicos, o líder do governo no Senado revelou: “A CPMF morreu”.

“Temos que cortar na carne. Está na hora de tomar medidas amargas e mostrar que o país tem compromisso com a disciplina fiscal”, acrescentou.

Fernando aproveitou para explicar a questão das animosidades entre o deputado Eduardo Bolsonaro e a China. Para ele, a postura do filho do presidente têm atrapalhado o governo, mas que é importante rechaçar as atitudes que possam criar ruídos.

“Tem que se separar as opiniões dos filhos de Bolsonaro, do que pensa o governo”, critica.


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