Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

A contradição do bolsonarismo ao celebrar Rubio como interlocutor de Lula

Comemoração de bolsonaristas sobre indicação de Rubio, feita por Trump, inclui contradição

Beto Barata/ PL
Foto: Beto Barata/ PL

Bolsonaristas comemoraram nesta segunda-feira, 6, que Marco Rubio foi escalado por Donald Trump para negociar as tarifas econômicas com o Brasil. Um dos principais interlocutores de Eduardo Bolsonaro na Casa Branca, o secretário de Estado é a aposta do bolsonarismo por um freio às negociações, que seriam um ganho político para Lula.

A comemoração embute uma contradição bolsonarista. Quando o tarifaço foi imposto por Trump, afinal, o bolsonarismo tentou eximir Eduardo de tramar contra a economia brasileira. Agora, entretanto, ao apostarem em Rubio para travar o diálogo, deputados do PL indicam que a proximidade dele com Eduardo teve sim — e ainda pode ter — influência direta nas sanções.

“Trump deixou Marco Rubio, o secretário mais ideológico, para seguir as negociações das tarifas, um recado direto ao Planalto”, disse o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, em suas redes sociais. O deputado atribuiu a escalação de Rubio para negociar com o Brasil como “truque de mestre”.