08/03/2019 - 9:30
“Perdi o número de vezes em que me apresentei no Brasil”, diz o cantor e compositor Peppino di Capri à ISTOÉ, por telefone, de Nápoles. “Sei que a primeira vez foi em 1961 – e já tinha fã clube!” Peppino (apelido de Giuseppe Faiella) faz 80 anos em 27 de julho, mas mantém a atitude de roqueiro hiperativo. “Sou um roqueiro romântico aluno de Buddy Holly”, afirma. “Amo a simplicidade do rock. Depois o mundo e a música ficaram mais complicados.” Com seu grupo, inicia mais uma turnê pelo Brasil, a começar por Brasília, seguindo para mais quatro capitais. No programa, os hits “Roberta” (1963), “Champagne” (1973) e outros muitos. Ele encarna a canção italiana que arrebatou o mundo nos anos 1960 ao lado do pop-rock e da bossa nova. Na verdade, Peppino conjuga as vertentes do pop planetário da década de ouro, sem esquecer a bossa nova. Compôs “Amica mia” em homenagem aos amigos Toquinho e Vinicius. “Fazer uma bossa requer esforço”, afirma. Desafio maior tem sido levar lirismo ao público. “O mundo de hoje não tem mais espaço para a música romântica”, lamenta. “Mas insisto em cantá-la porque ainda não há nada melhor que amar.” Brasília, 14/3; Porto Alegre, 16/3; Curitiba, 19/3; São Paulo, 21/3; e Rio de Janeiro, 23/3.
5 proezas musicais
1958 Pioneiro do rock italiano, fundou a banda Peppino di Capri e i suoi Rockers (abaixo)
1961 Tocou com os Rockers no Teatro Record em São Paulo
1962 Pioneiro no twist na Itália, lançou “St. Tropez twist” com grande sucesso
1965 Os Rockers abriram os concertos da turnê dos Beatles em Milão, Gênova e Roma; sua versão de “Girl” foi um hit
2019 Com 500 canções e 58 álbuns, lançou 158 singles nas paradas de sucesso