Você já ouviu falar na banda pop “As Bahias e a Cozinheira Mineira”? Se não teve a oportunidade, ouça. Mais recentemente chamada apenas de “As Baías”, ela surgiu em um cenário alternativo, mas que logo no início se diferenciou pelas vozes potentes e o repertório de Assucena e Raquel Virgínia, duas jovens trans que se conheceram no curso na Faculdade de História da Universidade de São Paulo (USP). Lá, encontraram ainda Rafael Acerbi, que viria a ser o terceiro integrante da banda.
Além de interpretar músicas de Maria Bethânia e Gal Costa, o grupo tem composições próprias que falam de amor e de situações simples da vida. Em 2020, “As Baías” se apresentou no Blue Note, atualmente uma das principais casas de shows da capital paulista. No ano seguinte, compôs e gravou um clipe com Ivete Sangalo, que foi ao ar na TV aberta no Dia das Mães.
O humor ácido, a presença fashion e a qualidade do repertório de Assucena e Raquel fizeram o grupo ir muito além do público LGBTLQI+. Mas inesperadamente, depois de seis anos de sucesso, o grupo se separou no início do ano. Assucena já anunciou neste início de ano carreira solo. Fique de olho, porque logo mais Raquel Vigínia deve dar notícias. Juntas ou separadas, as duas são ótimas.