Ao contrário da aridez e do pantone de vermelhos das formações rochosas do Grand Canyon do Arizona, os 250 quilômetros de paredões entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm uma geografia tão peculiar que misturam ecossistemas e climas em um cenário completamente tomado pela mistura de verdes, climas e uma grande concentração de nascentes de pelo menos três bacias hidrográficas.

É mesmo impressionante. 68 desfiladeiros profundos rasgam a paisagem que foi constituída por uma sucessão de derramamentos de lava, ocorridos há cerca de 132 milhões de anos. A parte de cima do planalto pertence ao estado do Rio Grande do Sul, e os paredões e vales, a Santa Catarina. Cenários diferentes, explorações diferentes: Enquanto o lado catarinense mostra o relevo com montanhas e abismos cortados ao meio, o lado gaúcho mostra a profundidade vista lá de cima. E que vista.

Cânion com cachoeira no Sul do Brasil
Fotos Divulgação

Cambará do Sul, que fica a cerca de 3 horas de carro de Porto Alegre, é a cidade mais próxima para visitar os cânions e dali programar todo o roteiro, pois existem muitas opções. E dali, as entradas do Parque Nacional Aparados da Serra e Parque Nacional Serra Geral, ambos com os serviços concedidos pelo Instituto Chico Mendes (ICMbio) para a Urbia Parques por 30 anos, ficam muito próximas, cerca de 30 minutos. Os dois juntos formam um parque de diversões para caminhadas, mountain bike, balão, cavalgadas, história e muita gastronomia regional.

Com uma extensão de aproximadamente 5,8 quilômetros, o Cânion do Itaimbezinho é acessível com caminhadas de todos os níveis. A rota do Caminho do Vértice se destaca por ser a mais breve entre todas as trilhas, abrangendo apenas 2 quilômetros de extensão com vistas deslumbrantes como a Cascata das Andorinhas e o Véu da Noiva. Dali, é possível visitar a dona Edira, que faz pastéis de pinhão incríveis e serve com café em sua casa, a única que está dentro da área do parque há mais de quatro gerações de famílias típicas tropeiras.

Cânion no Sul do Brasil

Observando os imponentes paredões do Cânion Fortaleza, que atingem alturas de até 980 metros, torna-se claro o nome que os designa: eles verdadeiramente se assemelham a uma gigantesca muralha emergindo da própria terra. Dali, a novidade é um sobrevoo de tirolesa sobre as fendas do cânion desde o topo do mirante até o estacionamento do parque. São quase 1.100 metros de altitude em relação ao nível do mar. Para fazer a tirolesa é preciso subir a trilha até o topo do mirante, por volta de 40 minutos de caminhada. Com seis cabos de aço, o voo alcança uma velocidade média de 30km/h e é uma experiência impressionante.

Uma bela experiência na região é conhecer o estilo glamping de hospedagem do Parador Casa da Montanha, em cabanas, suítes e casulos, com muito conforto. Os casulos são a mais nova opção de hospedagem e têm capacidade para até duas pessoas, possuem 24m2 com deck privativo, banheira de hidromassagem e uma lareira ecológica de frente para a bela vista dos Campos de Cima da Serra. Todas as barracas possuem ar-condicionado, lençóis térmicos, banheiro completo e minibar com mimos cortesia para recepcionar os hóspedes. E o novo espaço SPA com uma piscina aquecida de borda infinita, sauna seca, e duas salas de massagem da L’Occitane.

Parador Casa da Montanha
Divulgação

No caminho de lá, a fazenda dos sabores da Querência que fabricam geléias feitas artesanalmente com frutas orgânicas plantadas ali mesmo na fazenda: mirtilo, amora, figo, e por aí vai. Vale também visitar o café que eles abriram no centro de Cambará para provar os sorvetes e os vinhos da região.