Após bem-sucedidas temporadas em Paris, Roma e Londres, chega ao Brasil a aguardada exposição Amazônia, de Sebastião Salgado. Idealizada por Lélia Wanick Salgado, mulher do fotógrafo, é uma mostra imersiva que chama a atenção pelas imagens incríveis e uma causa urgente: a proteção aos povos indígenas e a luta pela preservação da floresta. Fica em cartaz no Sesc Pompéia, em São Paulo, de 15/2 a 10/7, depois segue para o Rio de Janeiro e Belém. As mais de 200 fotografias nasceram de expedições realizadas por Salgado e sua equipe ao longo de sete anos, em que, além de registrar a natureza exuberante da região, realizaram retratos em 12 comunidades indígenas. Há ainda sete vídeos com testemunhos de lideranças sobre as condições atuais da floresta e os problemas enfrentados por eles. A mostra conta também com um espaço dedicado ao Instituto Terra, organização criada por Lélia e Sebastião Salgado que, desde 1998, promove o reflorestamento de uma área de cerca de 600 hectares de Mata Atlântica, na região de Aimorés, em Minas Gerais. A organização promove o cultivo de milhões de mudas de árvores em extinção e capacita jovens ecologistas para se tornarem embaixadores da natureza.

Fernando Frazão/Agência Brasil

A música completa o visual

A música tem papel importante na concepção de Amazônia. A trilha sonora original da mostra de Sebastião Salgado (foto) foi composta pelo francês Jean-Michel Jarre a partir de sons da floresta. Há ainda espaços sonorizados com a sinfonia Erosão – Origem do Rio Amazonas, de Heitor Villa-Lobos, e com temas criados por Rodolfo Stroeter. A mostra inclui ainda um concerto que mescla a sinfonia Floresta Amazônica, também de Villa-Lobos, com a projeção em tela gigante, das fotos. A data ainda será anunciada.