O Dead Daisies é uma das bandas mais criativas da atualidade. Além de conquistar o público de heavy metal com “Holy Ground”, seu álbum mais recente, faz sucesso com a versão eletrônica da faixa-título, remixada pelo duo Dance With the Dead. O grupo também foi pioneiro na criação de um videogame para celular, “Daisy’s Revenge”, inspirado na personagem que o batiza. No entanto, quem pergunta sobre essas novidades para o vocalista Glenn Hughes recebe uma resposta curta: “não sei de nada disso, meu negócio é rock & roll”. O músico é uma lenda. Nos anos 1970 foi baixista do Deep Purple nos álbuns “Burn” e “Stormbringer”, e depois cantou no Black Sabbath, outra banda icônica. Hoje é vocalista e baixista do Dead Daisies, ao lado dos guitarristas Doug Aldrich (ex-Whitesnake) e David Lowy, e do baterista Tommy Clufetos (Black Sabbath). Hughes se juntou recentemente, mas aposta 100% no sucesso: “faz tempo que não surge uma banda pesada capaz de lotar estádios”. Assim como fez no Deep Purple, quando incorporou influências da música negra aos riffs de guitarra de Ritchie Blackmore, Hughes traz o seu groove para o som dos Daisies. “Motown e rock pesado, esse é o Glenn Hughes”, diz, em terceira pessoa. Para superar a pandemia, aposta na filosofia hippie: “confio no lado bom do ser humano”. Apesar de tocar em uma das bandas mais descoladas do planeta, Glenn Hughes ainda acredita no poder da paz, amor e rock & roll.

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Vacinados na estrada

Glenn Hughes e os colegas do Dead Daisies (foto) voltaram a fazer shows nos EUA, mas a situação ainda está longe da ideal. “A vacina é a única saída. Não quero entrar na questão política, mas na equipe só trabalhamos com quem já está vacinado”, afirma. Apaixonado pelo Brasil, País que visitava com frequência antes da pandemia, o rockstar diz que sente saudades. “Passei muito tempo no Rio durante a Copa do Mundo. Amo o público, a comida e a cultura.” Sobre o rótulo de supergrupo atribuído à sua banda, ele desconversa: “somos apenas um bando de amigos tocando rock and roll”.