A temporada 2019 se aproxima do fim com o Palmeiras ainda sem saber quem é o grande nome do setor ofensivo. Em um ano de artilharia distribuída entre vários jogadores e com centroavantes sem se firmar no time titular, a torcida e o técnico Luiz Felipe Scolari aguardam a aparição de um protagonista para ajudar a equipe a ter um destaque individual que possa anotar os gols decisivos.

O goleador do Palmeiras no ano até agora não é um titular absoluto, muito menos um atacante. O meia Gustavo Scarpa anotou sete vezes na temporada. Logo atrás dele, com seis, está Deyverson, seguido por Dudu, com cinco. Durante o Campeonato Paulista, quem havia despontado como goleador havia sido Ricardo Goulart, que se despediu do clube para retornar ao futebol chinês.

Em temporadas recentes, o posto de goleador do time no ano teve como donos jogadores com uma quantidade bem maior de gols marcados. Em 2018, por exemplo, Borja fechou a temporada com 20 tentos. No ano anterior, foi a vez de Willian terminar a temporada com 17 gols. Já em 2016, o grande destaque foi Gabriel Jesus, autor de 21 gols, dos quais 12 foram na campanha do título brasileiro.

A diretoria se mobilizou nos últimos meses para conseguir encontrar um goleador. O atacante Luiz Adriano chegou do Spartak Moscou e estreou no domingo, contra o Bahia, com direito a usar a camisa 10. Quase ao mesmo tempo, Henrique Dourado, autor de 19 gols pelo clube na temporada 2014, retornou ao time. Contratado por empréstimo, ele ainda não tem previsão de estreia.

Destaque da equipe no último ano, o atacante Dudu é um dos candidatos a assumir o protagonismo na reta final da temporada para ajudar o clube a conquistar títulos. “A torcida cobra de quem sabe que tem condição de retribuir. Quando ganha, eu fico feliz, e quando perde eu tenho o mesmo sentimento deles. Eles sabem que eu batalho em campo, às vezes as coisas não acontecem como a gente quer. Tem de ter tranquilidade, sem se deixar abalar”, comentou o camisa 7.

O Palmeiras tem nesta temporada 65 gols em 42 jogos, com média de 1,54 gol por duelo. O rendimento é inferior ao dos últimos quatro anos, quando a média palmeirense esteve acima de 1,6 por partida. Até o fim do ano, a equipe vai disputar ainda as retas finais do Campeonato Brasileiro e da Copa Libertadores.

Outra meta do clube no momento é reagir no Brasileirão. São cinco rodadas seguidas sem vencer. “A gente sabe que todos os times passam por este momento no Brasileiro, de oscilar. Agora estamos vivendo. É trabalhar no dia a dia para voltar a vencer no Brasileiro, porque as equipes encostaram. A gordura que o Felipão tanto pediu no começo nós perdemos”, completou Dudu.