O secretário do Trabalho dos Estados Unidos, Alexander Acosta, anunciou sua renúncia nesta sexta-feira, em meio a críticas por oferecer tratamento favorável ao bilionário Jeffrey Epstein em um caso de abuso infantil quando ele era procurador há uma década.

“Eu liguei para o presidente esta manhã e disse a ele que achava certo renunciar”, afirmou o funcionário em uma aparição na Casa Branca junto com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Acosta chegou a defender na quarta-feira o acordo que ofereceu há uma década ao milionário Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual de menores.

Em um encontro com jornalistas, Acosta negou ter sido parcial num acordo judicial considerado demasiado favorável a Epstein, quando era procurador federal em 2008.

Acusado inicialmente de abuso de menores, o investidor foi apenas condenado a 13 meses de prisão.

Mas Epstein, de 66 anos e amigo de várias figuras poderosas, como o presidente americano, Donald Trump, e o ex-presidente democrata Bill Clinton, foi acusado novamente na segunda-feira de abuso sexual de dezenas de jovens menores de idade.

Desta vez enfrenta até 45 anos de prisão por essas acusações que remontam à mesma época das denúncias anteriores.

“Ele é um homem perigoso e deve ficar entre as grades”, afirmou Acosta. “Suas ações merecem uma sentença muito mais dura”, reconheceu.