11/07/2019 - 16:21
Simona Halep, ex-número 1 do mundo, é a última tenista entre Serena Williams e o recorde de 24 títulos de Grand Slam. Depois de vencer com facilidade na quinta-feira nas semifinais, a romena e a americana vão disputar o troféu de Wimbledon.
Williams, de 37 anos e 11ª cabeça de chave, obteve uma vitória contundente sobre a tcheca Barbora Strycova, 54ª do mundo, por 6-1 e 6-2, em apenas 59 minutos.
A americana começou um pouco lenta, mas logo encontrou seu jogo e soltou suas demolidoras rebatidas de direita, com as quais quebrou rapidamente o serviço da tcheca. Seu saque arrasador e uma defesa sólida fizeram o resto.
Strycova tentou cansar sua veterana adversária mas ela acabou se complicando e cometeu erros que contribuíram para o resultado final. Williams, que ao longo de toda esta esta temporada sofreu com dores no joelho, teve controle total do jogo.
“Me sinto melhor do que no início do torneio” e “estou melhorando jogo após jogo”, afirmou a americana de 37 anos. “Eu gosto do que faço e todas as manhãs me levanto para me sentir em forma”.
“Hoje eu estava tranquila. Comigo as coisas vão na base do dia a dia, todo mundo sabe disso. Estou longe de ser perfeita”, afirmou em referência a seus lampejos de genialidade.
A mais jovem das Williams está a uma vitória de igualar o recorde da australiana Margaret Court com 24 troféus de Grand Slam.
Serena vem buscando essa marca desde que em 2017 venceu o Aberto da Austrália. Mas depois fez uma pausa para dar à luz sua filha, Alexis Olympia, e não voltou a competir até há pouco mais de um ano.
Na última edição de Wimbledon, chegou até a final mas foi derrotada pela alemã Angelique Kerber. Depois foi a japonesa Naomi Osaka quem a venceu na final do US Open, provocando uma cena de ira da americana.
Desde então tudo parecia ir mal, especialmente devido às dores no joelho direito que a impediram de jogar boa parte desta temporada, na qual foi eliminada na terceira rodada de Roland Garros.
Mas desde que chegou à grama londrina ela garante que pode enfim se concentrar e se sente melhor, embora na terça-feira tenha precisado suar muito para vencer nas quartas sua compatriota Alison Riske, que a colocou em sérias dificuldades.
Halep também vai tentar levar a adversária ao cansaço.
“Joguei muitos jogos contra ela”, disse a romena, que só ganhou um de seus dez duelos, em 2014. Mas “muitos deles foram acirrados”, destaca.
“Agora acho que tenho chances de ganhar dela”, diz Halep.
“É claro que respeito muito o que ela fez e o que está fazendo” mas “me sinto mais forte mentalmente contra ela”, afirmou a romena que ao começar esta temporada era ainda número 1 do mundo e fez uma campanha muito sólida na grama de Wimbledon.
Esta será a primeira final em Wimbledon para Halep, sétima cabeça de chave, que derrotou com um jogo muito agressivo a ucraniana Elina Svitolina nas semifinais.
A campeã de Roland Garros 2018 precisou de uma hora e 13 minutos para derrotar a oitava cabeça de chave por 6-1 e 6-3.
A romena, de 27 anos, jogou mostrando muita potência do fundo da quadra e com grande precisão ao buscar as linhas em um primeiro set com quatro quebras e só uma contra.
Alongando cada vez mais os golpes e abrindo bem os ângulos, Halep fez com que a ucraniana cometesse erros que lhe permitiram quebrar seu saque até a metade do segundo set e chegar à vitória. “Hoje não foi tão fácil, porque ela jogou pontos longos” mas “eu usei a tática adequada para ganhar”, considerou a romena.
Halep e Williams vão se enfrentar no sábado na final. Antes, na sexta-feira, estão programadas as duas semifinais masculinas, Roberto Bautista-Novak Djokovic e Rafa Nadal-Roger Federer.
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