08/12/2014 - 18:10
As ações preferenciais (PN) das Petrobras despencaram 6,2% nesta segunda-feira (8) e fecharam no menor valor em quase 10 anos: R$ 11,46. O piso anterior havia sido atingido em janeiro de 2005, quando a ação valia R$ 11,39.
A queda puxou para baixo o índice Bovespa, que fechou em baixa de 3,31%, a 50.274 pontos.
Por causa da queda, pela primeira vez, o Bradesco superou a estatal em valor de mercado.
As ações preferenciais da Petrobras acumulam queda de mais de 28% no ano, enquanto as ordinárias (ON), que dão direito a voto, caíram 30% desde janeiro.
O comportamento das ações ligadas à indústria do petróleo está relacionado à hiper oferta da commodity no mundo, inflada pelo salto na produção do óleo de xisto nos Estados Unidos.
Hoje, o Morgan Stanley reduziu suas previsões para os preços da commodity ao longo dos próximos cinco anos. No cenário base, o Morgan prevê que o petróleo varie em média a US$ 70 por barril em 2015, uma queda de quase 30% ou US$ 28 a partir de sua previsão anterior. Em um cenário de pior caso, os preços no próximo ano poderiam perder 38%, em média.
No Brasil, o recuo do preço do petróleo pode atrapalhar o futuro da Petrobras, que possui um plano de investimento bilionário para desenvolver a exploração do pré-sal.
A estatal também é bombardeada por seguidas denúncias de corrupção, que diminuem a confiança do investidor e pioram a perspectiva para os acionistas.