São Paulo, 3 – A companhia alemã de produtos químicos Basf anunciou nesta sexta-feira,3, que o lucro líquido no primeiro trimestre de 2019, encerrado em 31 de março, caiu cerca de 16% na comparação com igual período do ano passado, para 1,41 bilhão de euros (US$ 1,58 bilhão). Em igual trimestre do ano anterior, o lucro líquido da empresa havia alcançado 1,68 bilhão de euros.

Apesar do recuo, o resultado veio acima do estimado por analistas consultados pela FactSet, que previam lucro líquido de 1,27 milhões de euros no período.

Logo após a divulgação dos resultados financeiros, as ações da companhia operavam em alta de 0,68% na Bolsa de Frankfurt, sendo negociadas a 72,82 euros (por volta das 9h40 de Brasília).

A Basf atribuiu o desempenho negativo no primeiro trimestre ao acirramento das tensões comerciais e à desaceleração da indústria automobilística. A empresa química disse que a instabilidade econômica global pesou sobre a demanda da companhia, levando clientes a adiar grandes encomendas.

“Em virtude do comportamento cauteloso geral dos clientes, os volumes de vendas no Grupo Basf caíram 4%”, apontou a empresa, em comunicado aos investidores. A companhia já havia antecipado que esperava crescimento lento das vendas e dos lucros nos dois primeiros trimestres de 2019.

O lucro antes de juros e imposto de renda (Ebit), excluindo itens especiais, apresentou declínio de 24%, de 2,28 bilhões para 1,73 bilhão de euros. Analistas esperavam Ebit excluindo itens especiais de 1,75 bilhão de euros.

Já as vendas cresceram 2,3% no período, para 16,18 bilhões de euros, ante 15,70 bilhões de euros em igual período do ano anterior. O resultado veio abaixo do esperado por analistas, de 16,29 bilhões de euros.

Na Divisão de Soluções Agrícolas, as vendas da Basf no primeiro trimestre de 2019 aumentaram 53%, de 1,728 bilhão de euros para 2,649 bilhões de euros. A companhia também registrou incremento no Ebit excluindo itens especiais do segmento, de 423 milhões de euros para 740 milhões de euros.

O desempenho, segundo a companhia, deve-se à aquisição de negócios e ativos da Bayer em agosto do ano passado, apesar do menor volume de vendas que foi compensado por preços mais altos.

No comunicado, o grupo confirmou, ainda, as perspectivas para 2019. A companhia espera um leve crescimento de vendas e Ebit ligeiramente maior, sugerindo que está mais otimista para o segundo semestre. Com informações da Dow Jones Newswires