Os juros futuros oscilam sem direção única, mas um viés de baixa prevalece, na esteira do dólar fraco em meio à espera pela forte agenda norte-americana na semana, uma vez que o feriado nacional brasileiro de quarta-feira deve reduzir a liquidez dos negócios e transferir o início do debate da reforma da Previdência na Comissão Especial somente para o dia 7 de maio.

No exterior, haverá a retomada das discussões comerciais entre EUA e China (3ª feira), decisão de juros do Federal Reserve (quarta-feira) e o relatório de emprego dos Estados Unidos, o payroll, na sexta-feira.

No câmbio, a volatilidade dá o tom, entre margens estreitas por enquanto, e um viés de baixa predomina, em meio a interesses técnicos de fim de mês, por causa da definição da taxa Ptax final de abril nesta terça-feira.

Nesta manhã, o investidor monitora a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril, mas que fica em segundo plano. O indicador desacelerou para alta de 0,92%, após 1,26% em março. Ainda assim, é o maior resultado para o mês desde 2015, quando foi de 1,17%. No ano até abril, a alta está acumulada em 3,10% e, em 12 meses, em 8,64%. O resultado de abril superou a mediana de expectativas da pesquisa do Projeções Broadcast, de 0,88%, mas ficou dentro do intervalo previsto, de 0,67% a 0,96%. Em 12 meses, as estimativas iam de 8,40% a 9,10%, com mediana de 8,59%.

A Focus desta semana não traz muitas mudanças, mas a projeção para alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 passou de 1,71% para 1,70%, enquanto para 2020 permaneceu em 2,50%. Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano em alta de 4,01%. Há um mês, estava em 3,89%. A projeção para o índice em 2020 seguiu em 4,00%. Também foram mantidas as projeções para Selic no fim de 2019 em 6,50% ao ano e, para 2020, em 7,50%.

Mais cedo, foi revelado ainda que a confiança dos empresários da indústria avançou 0,7 ponto porcentual em abril em relação a março, para 97,9 pontos.

Às 10 horas, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 indicava 7,14%, ante mínima em 7,08%, de 7,11% no ajuste de sexta-feira. Já o DI para janeiro de 2025 estava em 8,78%, ante mínima em 8,74%, de 8,77% no ajuste de sexta-feira.

No câmbio, o dólar à vista caía 0,06%, aos R$ 3,9293, após mínima a R$ 3,9218 (-0,25%) e máxima em R$ 3,9343 (+0,07%). No mercado futuro, o contrato de dólar para maio tinha viés de baixa, a R$ 3,9295 (-0,01%), após registrar mínima aos R$ 3,9210 (-0,23%) e máxima aos R$ 3,9350 (+0,13%).