22/04/2019 - 8:36
Milhares de judeus celebram nesta segunda-feira a tradicional bênção sacerdotal em frente ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, durante a celebração da Páscoa judaica.
Com a cabeça coberta de branco, os membros da tribo Cohanim (o plural de ‘cohen’, sacerdote em hebraico) ergueram as mãos e abençoaram a multidão.
Esta bênção faz parte das orações diárias nas sinagogas.
Mas desde a década de 1970, duas vezes por ano, durante a Páscoa e a Sucot (a chamada “festa dos tabernáculos”), uma peregrinação ao Muro das Lamentações é celebrada, adotando uma tradição que já aparece na Bíblia.
O Muro das Lamentações é o vestígio do que foi o segundo templo judeu, destruído pelos romanos no ano 70.
Está localizado perto da Esplanada das Mesquitas, onde ficava o templo, e ainda hoje é o lugar mais sagrado para os judeus, mas também o terceiro lugar sagrado para o Islã, depois de Meca e da Medina.
Os judeus têm permissão para visitar, mas não podem rezar no local.
O Muro das Lamentações, como a cidade velha que o rodeia, está localizado em Jerusalém Oriental, a parte palestina de Jerusalém, anexada e ocupada por Israel.
Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital. Os palestinos querem transformar Jerusalém Oriental na capital do seu futuro estado.