16/04/2019 - 11:50
O jornalista Jeff Benício está em férias em Paris, na França, desde o dia 8 de abril. Na última quinta-feira (11) ele visitou o interior de um dos símbolos da cidade-luz, a catedral de Notre-Dame, e chegou a conhecer as torres e uma área dos sinos. Nessa segunda-feira (15), ele ficou estarrecido como milhões de pessoas do mundo todo ao ver o monumento histórico ser atingido por um terrível incêndio. Segundo Benício, a área continua isolada e apenas imprensa, autoridades e moradores das ruas do entorno são liberados de acessar o local.
Como ficou sabendo do acidente?
Eu estava no Marais, do outro lado do rio Sena, a menos de um quilômetro. Muito perto. Mas soube do incêndio por um amigo que me ligou do Brasil. Só depois prestei atenção na movimentação de viaturas dos bombeiros e da polícia.
Qual foi a sensação de ver um monumento histórico ser consumido pelo fogo?
Inacreditável. Parecia cena de filme. Imediatamente lembrei de incêndios no Brasil, como o do Museu da Língua Portuguesa e do Museu Nacional.
Como estava a movimentação no local? Conseguiu ver o resgate de pessoas de dentro do edifício?
A polícia agiu rápido para isolar a área. Havia intensa movimentação de homens armados, creio que por temor de atentado terrorista. Não vi a evacuação. Logo a área estava tomada por equipes de TV transmitindo ao vivo. Depois houve uma vigília. Parisienses, imigrantes e turistas se uniram em oração.
Há expectativa de que boa parte da catedral seja reconstruída?
Sim. Nas emissoras, várias autoridades já anunciaram uma mobilização envolvendo o governo, instituições de preservação do patrimônio histórico e empresários para levantar fundos. Hoje, vários homens fazem um mapeamento da destruição do lado externo e no interior da catedral.