A morte do piloto Maurício “Linguiça” Paludete, de 44 anos, após sofrer acidente no autódromo de Interlagos no domingo (14), chocou os participantes do SuperBike Brasil. Ele perdeu o controle de sua moto no fim da reta dos boxes, passou direto pelo “S do Senna”, bateu forte no guard rail e não resistiu aos ferimentos.

Morador do Jardim Patente, bairro de São Paulo (SP) próximo a São Caetano do Sul, Paludete sempre foi apaixonado por motos e tinha o sonho de disputar competições desde muito jovem. A decisão por correr até gerou preocupação na família, mas era praticamente impossível fazer com que ele mudasse de ideia.

Segundo reportagem do UOL, o carinho pelas competições era tanto que Paludete chegou a pagar do próprio bolso para correr a prova que terminou em tragédia. Desempregado nos últimos meses, o piloto tinha apoio de uma empresa de implantes ortopédicos, mas o patrocínio não continuou para esta temporada e, com isso, ele ficou sem recursos oficiais para as primeiras disputas deste ano. De acordo com a família, o antigo patrocinador pagou todos os custos do funeral.

Desta forma, Paludete precisou investir cerca de R$ 2 mil (custo de inscrição) para estar em Interlagos. O piloto ainda contou com a ajuda do companheiro de equipe Rubem Nicolas, que o presenteou com um jogo de pneus novos para que pudesse competir.

Paludete era visto como seguro e experiente nas pistas. Ele estava no SuperBike há cerca de oito anos, mas sem grandes conquistas. Em 2017, o piloto ficou afastado por mais de seis meses após sofrer uma fratura exposta na região da tíbia, mas nada que o fizesse questionar o gosto por motos.

Maurício “Linguiça” Paludete foi enterrado na segunda-feira (15) em São Caetano do Sul.