O Canadá anunciou nesta segunda-feira (4) o envio de ajuda humanitária para a Venezuela por cerca de 40 milhões de dólares, ao receber seus aliados do Grupo de Lima em Ottawa em uma reunião “de urgência” para debater a situação no país.
A ajuda busca “responder às necessidades mais urgentes dos venezuelanos no terreno, principalmente os mais de três milhões de refugiados”, disse o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ao inaugurar o encontro.
“A maior parte desses fundos irá para parceiros confiáveis e países vizinhos, para ajudá-los a apoiar a Venezuela e os venezuelanos”, afirmou.
“Hoje, o Grupo de Lima envia uma mensagem clara de apoio ao povo venezuelano no momento em que eles estão trilhando seu próprio futuro”, acrescentou.
O Grupo de Lima, um bloco de países latino-americanos e o Canadá criado em 2017 para promover uma solução pacífica para a crise venezuelana, se reúne para discutir como apoiar o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, em seu pulso pelo poder com o presidente Nicolás Maduro.
Guaidó, presidente do Parlamento, se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, depois que o Legislativo declarou “ilegítimo” o segundo mandato de Maduro, iniciado em 10 de janeiro, após eleições fraudulentas, de acordo com a oposição e 50 países.
A Venezuela “está perto de alcançar o retorno da liberdade”, disse Guaidó em uma mensagem de vídeo transmitida em uma tela gigante para os ministros das Relações Exteriores do Grupo Lima, dizendo que esperava a realização de “eleições livres e justas o mais rápido possível para restaurar a democracia”.
Trudeau conversou com Guaidó por telefone no domingo e, segundo seu gabinete, ambos concordaram que a comunidade internacional deve enviar um mensagem clara em relação à “ilegitimidade” de Maduro e “ressaltaram a importância de celebrarem eleições presidenciais livres e justas”.
O recurso de ajuda canadense será destinado a fornecer serviços de assistência alimentar de emergência, atenção médica, água e saneamento, educação e proteção para as pessoas mais afetadas pela crise.
O Canadá também colaborará em monitorar e informar sobre a situação de direitos humanos na Venezuela.