Com 300 obras, exposição no Instituto Moreira Salles, em São Paulo, reúne imagens que retratam a luta da fotógrafa Claudia Andujar pela demarcação de terras indígenas. Desde 1971, quando viajou pela primeira vez à região de Catrimani, em Roraima, para fotografar os Yanomani a pedido da revista “Realidade”, a fotógrafa e ativista suíça radicada no Brasil se tornou a principal responsável por registrar uma das principais culturas indígenas brasileiras. Seu trabalho poderá ser visto no IMS Paulista a partir do sábado 16. A exposição “Claudia Andujar – A luta Yanomami”, em cartaz até o dia 7 de abril de 2019, reúne obras feitas entre 1971 e 1977, além de livros e documentos pessoais e a instalação “Genocídio do Yanomami: morte do Brasil (1989/2018)”, um manifesto audiovisual em 16 telas feito em defesa da demarcação de terras pelo então presidente José Sarney.

Claudia chegou a ser impedida de voltar às terras dos Yanomami pela Funai, mas continuou sua luta para que a cultura fosse preservada. A exposição apresenta fotografias do início de sua carreira, além de imagens emblemáticas sobre o cadastro de vacinação feito pelos indígenas.

Jens Kalaene/dpa-Zentralbild/dpa

A luta de Claudia

1971 – Fotografa os Yanomami pela primeira vez em Catrimani, Roraima, a pedido da revista “Realidade”

1977 – É expulsa e impedida de retornar às terras indígenas pela Funai. Pouco depois, lutou pela demarcação da terra, afetada pelo garimpo e por planos de desenvolvimento da Amazônia

1989 – Cria uma instalação para protestar contra a demarcação de terras indígenas feita pelo então presidente José Sarney