Uma nova reforma na cobertura do Velódromo do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, custará R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. Este é o preço do serviço contratado pela Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), autarquia vinculada ao Ministério do Esporte responsável por administrar as instalações esportivas do Parque Olímpico do Rio, para obras de reparos no teto do espaço.

A esse valor somam-se mais R$ 199 mil, gastos no ano passado em uma reforma emergencial de recuperação temporária devido a incêndios provocados pela queda de balões no local.

O histórico de problemas com a cobertura do velódromo construído para os Jogos de 2016 é extenso. Este ano, por exemplo, um temporal provocou em outubro o vazamento da água da chuva para dentro da construção. A nova reforma, que deve levar cerca de 60 dias, vai incluir a montagem de um sistema de proteção mecânica interna contra possíveis quedas de objetos na pista.

O velódromo é uma das áreas com maior custo de manutenção do Parque Olímpico. Consumiu cerca de R$ 140 milhões para ser construído e o piso da pista é de madeira siberiana, o que exige refrigeração constante por ar-condicionado. Durante a obra, a parte afetada do teto pelo incêndio será reconstituída com a instalação de uma manta de isolamento térmico.

A obra, no entanto, não é definitiva. Ao jornal O Estado de S.Paulo, a autarquia informou que está realizando um processo licitatório para providenciar a reposição definitiva do telhado afetado.

No ano passado, parte da cobertura do Velódromo foi destruída por um incêndio provocado por balões no dia 30 de julho. O Corpo de Bombeiros levou cerca de 2 horas e 30 minutos para conter as chamas. Como o Parque Olímpico estava vazio, o incêndio não deixou vítimas, mas a pista foi danificada e o local precisou ser interditado. No dia 27 de novembro, outro incêndio na cobertura foi causado por balões. Por causa do problema, o Campeonato Estadual de Judô do Rio de Janeiro, que seria no velódromo, precisou ser cancelado.

Para tentar minimizar os custos de administração e gestão do Parque Olímpico, a Aglo tem adotado um sistema de contrapartidas, no qual os recursos arrecadados com a locação dos espaços são revertidos em obras. A estimativa da autarquia é de que sejam necessários R$ 35 milhões por ano para manter o parque em funcionamento.