30/10/2013 - 14:56
Os quatro funcionários públicos municipais presos nesta quarta-feira, 30, acusados de integrar uma quadrilha que desviou até R$ 500 milhões dos cofres da Prefeitura de São Paulo, construíram um patrimônio de R$ 20 milhões e possuem uma lista de bens repleta de imóveis de luxo, automóveis caros, barcos e até uma pousada. O levantamento foi feito pelo Ministério Púbico (MP), em parceria com a Controladoria-Geral do Município.
O dinheiro era depositado na conta de uma empresa, registrada em nome de dois dos investigados. No cruzamento dos dados, foi possível detectar que uma construtora recolheu R$ 17,9 mil numa guia de ISS e no dia seguinte depositou R$ 630 mil na conta dos auditores. Entre os bens do grupo, estão imóveis e automóveis de luxo, flats, barcos, uma pousada em Visconde de Mauá, na Região Serrana do Rio, e até uma lotérica. Um dos auditores tem, sozinho, mais de 30 imóveis. Os bens são incompatíveis com os rendimentos mensais dos funcionários públicos, de cerca de R$ 18 mil.
Na operação desta quarta-feira, também foram apreendidos motos e carros importados, dinheiro (reais, dólares e euros), documentos, computadores e pen drives. A Justiça determinou o sequestro dos bens. A operação aconteceu na capital paulista, Santos, no litoral do Estado, e também em Cataguases (MG). Foram mobilizados mais de 40 funcionários, entre promotores de Justiça e agentes da Controladoria-Geral do Município e das Polícias Civis de São Paulo e de Minas Gerais.