23/10/2018 - 10:41
“Conheço muitas trans que saem para procurar emprego, mas na primeira semana desistem, não aguentam a pressão”, declarou Léo Áquilla na edição desta segunda-feira, 22, do programa “Superpop”, comandado por Luciana Gimenez, na Rede TV!.
A jornalista e performer falou sobre o preconceito contra travestis e transexuais na hora de arranjar um emprego. “Tem o estranhamento, quando ela entra no estabelecimento comercial, todo mundo olha como se fosse um bicho, um ser de outro planeta”, afirmou Léo.
Ela acredita que as empresas que são consideradas “gay friendly” abrem vagas, mas ainda precisam mudar o conceito de “inclusão” para “acolhimento”. “Do contrário, os empresários acham que já fizeram sua parte”, disse a jornalista , que está na mídia a todo instante.
Apesar da visibilidade que a TV proporciona, ela disse que teve dificuldade para se inserir no mercado de trabalho: “Quando sai da faculdade, como se insere no mercado de trabalho se tem uma barreira grande que não deixa você avançar? Faz o que com esse diploma? Sou uma exceção porque sou conhecida, fiquei famosa”. Léo enfatiza que travestis e transexuais que não conseguem as vagas, muitas vezes, precisam se prostituir.
“Uma das perguntas que eu mais respondo, por incrível que pareça, é se eu sou prostituta. Todo dia alguém pergunta se eu faço programa. Nunca precisei. Não sou hipócrita de dizer, se a fome batesse na porta, talvez eu fizesse”, assumiu.
Neste ano, Léo Áquilla lançou candidatura para deputada federal pelo PHS de São Paulo. Ela conquistou 6.591 votos, mas não se elegeu.