Os palestinos se uniram nesta segunda-feira (1) à greve general feita pelos árabes-israelenses contra uma lei de Israel muito controversa sobre o “Estado-nação judeu” e em memória da morte de 13 pessoas durante confrontos com a polícia israelense em 2000.

Na Cisjordânia ocupada, em Gaza e em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade anexada e ocupada por Israel, as escolas e os comércios fecharam nesta segunda, constataram jornalistas da AFP.

Em Jerusalém Oriental, a maioria dos estabelecimentos comerciais da Cidade Velha estava fechada. A cidade ficou tranquila, já que os judeus – por sua vez – celebravam o último dia da Festa dos Tabernáculos.

Esta greve geral é “contra a política aplicada por Israel para eliminar o nacionalismo palestino e a expulsão de cidadãos de suas terras”, declarou Khaled Abu Ayuch, morador de Ramallah, onde ocorreram as manifestações.

Pequenos confrontos aconteceram perto de um posto de controle na periferia desta cidade da Cisjordânia ocupada e em Hebron, palco de frequentes enfrentamentos entre os palestinos e as forças de segurança israelenses.

Ao realizar esta greve geral, árabes-israelenses e palestinos mostraram o seu desacordo com a lei sobre “o Estado-nação do povo judeu”.

Votada pelo Parlamento israelense em 19 de julho, esta lei concede aos judeus o direito “único” à autodeterminação em Israel e proclama que o hebraico é a única língua oficial de Israel, já que o árabe tem apenas um status “especial” que não foi definido.