GENEBRA, 14 SET (ANSA) – Após a Espanha, a Grécia também superou a Itália no número de deslocados internacionais que desembarcaram em seus portos em 2018.   

Segundo novos dados da Organização Internacional para as Migrações, das 74.501 chegadas de migrantes forçados na Europa pelo Mediterrâneo neste ano – queda de 42,2% em relação ao mesmo período de 2017 -, 32.272 ocorreram na Espanha, o que corresponde a 43,3% do total.   

Na sequência aparecem Grécia, com 20.961 (28,1%), e Itália, com 20.343 (27,3%). O restante desembarcou em países insulares, como Malta e Chipre. Quando se contabiliza também as chegadas por terra, o total da Grécia sobe para 32.596.   

Ainda de acordo com a OIM, 1.586 deslocados internacionais morreram ou desapareceram em 2018 tentando fazer a travessia do Mediterrâneo. A rota mais mortal continua sendo a do Mediterrâneo Central, entre Itália e Líbia, com 1.130 fatalidades.   

Outros 350 falecimentos ocorreram no Mediterrâneo Ocidental, entre o norte da África e a Espanha, e 106, no Mediterrâneo Oriental, com destino à Grécia.   

O número de migrantes forçados que chegam à Itália vem caindo drasticamente desde 2017, quando houve uma queda de 34,2% na comparação com 2016, principalmente em função do acordo para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia para resgates no mar.   

A redução continuou se acentuando ao longo de 2018 e ganhou novo impulso a partir de junho, quando o ministro do Interior do país, Matteo Salvini, determinou o fechamento dos portos para deslocados internacionais. (ANSA)