O ministro Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, defendeu que a redução do preço do diesel é um “privilégio dos caminhoneiros num primeiro momento, mas alcança toda a sociedade”. Segundo ele, a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias vai representar um custo mais baixo para o prestador de serviço e para o comerciante e, consequentemente, todos os produtos também teriam valores reduzidos.
O ministro admitiu que não será possível chegar à normalidade de abastecimento de todos os itens de imediato e que o processo trará “algum transtorno” ao governo. “O reabastecimento virá de acordo com a velocidade que conseguirmos intensificar o trabalho. É inevitável o retardo dos estoques mínimos.”
Ele avaliou que “caminhamos para a normalização” e que alguns Estados já não possuem mais bloqueios ou concentrações nas estradas. De acordo com Etchegoyen, “as coisas estão andando por muita adesão e negociação”. “Esperamos que, ao longo do dia, com a disseminação das informações, isso reduza ainda mais,” disse.
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) fez um apelo para que os caminhoneiros voltem a trabalhar. “Temos certeza que atendemos por inteiro às reivindicações dos caminhoneiros.”
Pela manhã, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Padilha afirmou que foram identificados cerca de 1.200 pontos de manifestação em rodovias federais. Desses pontos, 728 foram dispersados e restaram 557 concentrações.
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) justificou que as coisas “precisam de um tempo para se amoldarem”. “Estamos falando de dias”, explicou Marun.