NOVA YORK, 17 ABR (ANSA) – A ex-primeira-dama dos Estados Unidos Barbara Bush morreu nesta terça-feira (17) aos 92 anos, informou o escritório do ex-presidente George H. W. Bush em nota oficial.   

Barbara, cuja saúde estava debilitada há anos, sofria com uma obstrução pulmonar crônica, que afeta a capacidade cardíaca. Os detalhes sobre o funeral ainda serão anunciados. No comunicado, a ex-primeira-dama foi definida como “uma defensora implacável da alfabetização familiar”. “Ela deixa seu marido George H. W. Bush, com quem foi casada por 73 anos, seus cinco filhos e companheiros, 17 netos, sete bisnetos e seu irmão Scott Pierce” Nesta semana, Barbara decidiu interromper seu tratamento médico e informou que recorreria apenas a opções “paliativas” em sua própria residência. “Ninguém que conhece Barbara Bush se surpreenderá ao saber que foi uma rocha diante de sua deteriorada saúde, se preocupando – graças à sua fé – não com si mesma, mas com os outros”, informou o texto do último domingo(15).   

Barbara é esposa do ex-presidente George H. W. Bush – que governou os Estados Unidos entre1989 e 1993 – e mãe do também ex-chefe de Estado George W. Bush. Ela foi a segunda mulher que viu seu marido e filho liderarem a Casa Branca.   

Ao longo de sua vida, a ex-primeira-dama nunca se contentou em aceitar um papel passivo como esposa política. Ela foi uma defensora da justiça social e lutou contra a segregação racial no país.   

Além disso, se esforçou para erradicar o analfabetismo nos Estados Unidos e criou a Fundação Barbara Bush para Alfabetização Familiar na época em que esteve na Casa Branca.   

A fundação tem o objetivo de fazer parcerias com programas locais e, em 2014, destinou mais de US$40 milhões para a criação e expansão de mais de 1,5 mil programas de alfabetização.   

Por muitas vezes, precisou suavizar seus discursos mais liberais para evitar confrontos com o marido, principalmente no que diz respeito ao debate sobre o aborto.   

Nascida em 8 de junho de 1925, em Nova York, Barbara Pierce, era filha de uma editora de revistas. Conheceu Bush com apenas 17 anos. Em sua biografia de 1994, Barbara descreve a si e a seu marido como “as duas pessoas mais sortudas no mundo, e quando toda a poeira assenta e todas as multidões se vão, as coisas que importam são a fé, família e amigos. Fomos extraordinariamente abençoados, e sabemos disso”. Condolências O presidente dos EUA, Donald Trump, lamentou a morte de Barbara em um comunicado divulgado no Twitter. “Eu e Melania Trump nos juntamos à nação para celebrar a vida de Barbara Bush. Como esposa, mãe, avó, esposa de um militar e ex-primeira-dama, a Sra. Bush era uma advogada pela família norte-americana”, diz o texto.   

“Entre uma das suas maiores conquistas foi reconhecer a importância da alfabetização como um valor familiar. Ela será lembrada por sua forte devoção ao país e à família, ambos a quem serviu muito bem”, acrescentou o magnata.   

O ex-presidente norte-americano democrata Bill Clinton e sua esposa Hillary também prestaram condolências à família Bush e elogiaram Barbara. “Barbara Bush era uma mulher excepcional. Com coragem e graça, cérebro e beleza defendia seus amigos da família e os Estados Unidos da América”, afirmou Bill. “Ela era feroz e resoluta em apoio de sua família e amigos, seu país e suas causas. Ela nos mostrou como é uma vida honesta, vibrante e plena. Hillary e eu lamentamos sua morte e abençoamos sua memória”, finalizou a família Clinton. (ANSA)