Em sessão do II Tribunal do Júri de Belo Horizonte realizada nesta terça-feira, 3, Gustavo Henrique Bello Corrêa, cunhado da apresentadora Ana Hickmann, foi absolvido da acusação de homicídio doloso de Rodrigo Augusto de Pádua em maio de 2016.
Na ocasião, Rodrigo, obcecado com a apresentadora, invadiu o hotel em que ela estava hospedada e a fez refém junto com Gustavo e sua esposa. O cunhado de Ana reagiu à situação, pegou a arma e efetuou três disparos contra o fã, o que acabou causando sua morte.
Segundo a sentença da juíza Âmalin Aziz Sant’Ana, não há dúvidas de que se tratou de um caso de legítima defesa. “Sobreleva notar, que no momento antes dos fatos, Gustavo se encontrava, juntamente com sua mulher e sua cunhada, sob a mira de um revólver, há quase 20 minutos, sob forte tensão, sendo atacados por uma pessoa que se mostrava desequilibrada e com o risco iminente de ser baleado”, escreveu.
“Ainda assim, Gustavo somente reagiu, conforme demonstrado pelas testemunhas ouvidas, após Rodrigo ter atirado em Ana e o tiro ter atingido sua esposa Giovana, agindo em legítima defesa própria e de terceiros”, continuou na sua interpretação.
“De igual modo, está comprovado que após sua reação, na tentativa de tirar a arma das mãos de Rodrigo, autor e vítima permaneceram em luta corporal incessante, que durou cerca de oito minutos, sem que a vítima cedesse ou largasse a arma”, descreveu.
Após essa descrição dos fatos, a magistrada justificou sua decisão. “Portanto, diante do conjunto probatório, entendo que a ação do acusado gravita na órbita da legítima defesa, uma vez que, diante da situação supramencionada, o réu se deparou com uma situação que colocava em risco a sua própria vida e a vida de terceiros que estavam presentes no local”, sentenciou.
‘Não me arrependo’
Em vídeo postado no Instagram após a sentença, Gustavo agradeceu pelo apoio e disse que ainda considera bizarro o processo ter chegado a esse ponto. “Queria agradecer muito ao apoio de todos, as mensagens, telefonemas. Não consigo atender a todo mundo. Graças a Deus, tem muita gente me apoiando. Acredito que não poderia ter sido diferente, todo mundo se coloca no meu lugar”, disse.
“A situação é bizarra e absurda, como eu já disse. Não me arrependo de nada, faria tudo de novo. São três decisões favoráveis a meu respeito contra a decisão do promotor, que insiste em me incriminar. Esse episódio não acabou, mas a gente tem um céu azul pela frente”, completou.