Mianmar aceita receber visita do Conselho de Segurança da ONU

Mianmar aceita receber visita do Conselho de Segurança da ONU

Mianmar aceitou uma visita do Conselho de Segurança da ONU depois de resistir durante dois meses, mas sem estabelecer claramente se a missão poderá chegar ao estado Rakain, informou nesta segunda-feira (2) o presidente do conselho.

Cerca de 700.000 rohingyas – uma minoria muçulmana- fugiram de Rakain, no oeste de Mianmar, para refugiar-se em Bangladesh desde que o exército birmanês lançou uma ofensiva contra rebeldes muçulmanos em agosto de 2017.

O Conselho de Segurança tentou realizar uma visita em fevereiro, mas o governo birmanês comunicou que “não era um bom momento” para isso.

O embaixador peruano Gustavo Meza-Cuadra, presidente em exercício do Conselho, disse que os detalhes da visita ainda estão sendo resolvidos, especialmente se a missão terá autorização para ir a Rakain.

“Evidentemente estamos interessados no estado Rakain”, disse Meza-Cuadra. “Não há nada melhor do que uma visita ao terreno conhecer a situação”, acrescentou.

O Conselho planeja visitar o acampamento de refugiados em Cox Bazar, mas ainda não anunciou uma data.

Mianmar nega veementemente todas as acusações da ONU e dos Estados Unidos de uma limpeza étnica. O organismo multilateral afirma que o governo não combateu os ataques aos rebeldes muçulmanos.

Os rohingyas são a maior população apátrida do mundo, depois de serem privados de obter a nacionalidade birmanesa em 1982.