24/01/2018 - 17:33
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, salientou em entrevista coletiva no Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta quarta-feira, 24, que o momento é “muito positivo” para o Brasil, que atravessou a maior recessão de sua história. “A economia brasileira está tendo boa performance e isso é resultado de uma série de reformas”, disse. Ele repetiu que espera que a reforma da Previdência seja aprovada em fevereiro pelo Congresso Nacional. “Felizmente, a evolução mostra que as reformas estão sendo conduzidas e implementadas, estão indo bem. A economia brasileira está tendo boa performance e isso é resultado de uma série de reformas”, avaliou.
Ele voltou a apresentar as projeções do ministério para uma série de indicadores econômicos, como crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 1% ou 1,1% em 2017 e de 3% este ano. Disse que o mercado financeiro tem estimativas um pouco menores para 2018, mas que aos poucos vêm migrando para a taxa apresentada pelo governo. Também falou da retomada do mercado de trabalho, que este ano deve abrir 2,5 milhões de postos de trabalho. Com a retomada econômica, salientou, mais pessoas voltam a buscar uma vaga.
Ele previu que a reforma da Previdência será aprovada pelo Congresso em fevereiro. “A economia não está apenas se recuperando, mas criando condições para crescer mais ainda no futuro”, afirmou. Ele também destacou que mudanças no mercado de crédito também podem ajudar a atividade e dar melhor alocação para áreas mais produtivas da economia. Ao mesmo tempo, o ministro ressaltou que há um grande esforço de reduzir a burocracia.
Privatização da Eletrobras
Meirelles considerou viável a votação no Congresso da privatização da Eletrobras até junho, quando é a data limite da assembleia da companhia sobre o tema. “Prevemos a votação da Previdência em fevereiro e, depois disso, ainda temos muitos meses de trabalho antes da eleição. Há tempo suficiente para isso ser votado e discutido e é um projeto importante”, salientou.
Meirelles considera que o processo de oferta púbica de ações da estatal será importante para o país como foi a privatização do setor de telefonia nos anos 90. “Estamos trabalhando duro nessa direção”, comentou durante entrevista coletiva no Fórum Econômico Mundial de Davos.
Sobre algumas reuniões que teve nesta quarta com investidores, ele avaliou que o clima é de continuidade dos investimentos no País, o que reforça a projeção do Ministério da Fazenda de um Investimento Direto no País (IDP) de US$ 75 bilhões em 2017 e de US$ 80 bilhões este ano.