01/12/2011 - 11:09
A expectativa de vida do brasileiro ao nascer chegou a 73,5 anos em 2010, para ambos os sexos. Em 2009, a expectativa ficou em 73,2 anos. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicado no Diário Oficial da União. No acumulado dos últimos 30 anos, o aumento foi de 11,5 anos na expectativa de vida.
As expectativas de vida divididas por sexo serão divulgadas ainda nesta sexta, na pesquisa Tábua da Mortalidade do IBGE. Historicamente, homens têm expectativas de vida menores do que as das mulheres. Em 2009, a expectativa de vida dos homens ficou em 69,4 anos. Entre as mulheres, chegou a 77 anos.
Cai número de mortes
O porcentual de mortes não registradas caiu praticamente à metade na última década, passando de 14,6% em 2000 para 7,7% em 2010. Apesar da queda, a proporção ainda é considerada alta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A subnotificação dos óbitos está ligada à "desigualdade de acesso a determinados bens e serviços, especialmente os relacionados com a saúde, fatores culturais e socioeconômicos e das grandes distâncias entre as comunidades locais e os cartórios, normalmente melhor distribuídos em áreas de maior densidade populacional".
De acordo com o levantamento, o problema na cobertura de registro de mortes é mais evidente nas regiões Norte e Nordeste, embora tenham seguido a tendência de melhora em dez anos. O sub-registro de óbitos passou de 32,4% para 22,4% no Norte entre 2000 e 2010; e de 36,2% para 24,5% no Nordeste no mesmo período. Entre os Estados, Maranhão (48,2%) e Roraima (36,9%) apresentaram as mais altas proporções de subnotificação de óbitos em 2010.
Segundo o gerente de estatísticas vitais do IBGE, Claudio Crespo, taxas elevadas são preocupantes porque a maior parte das omissões de registros de óbitos ocorre pelo sub-registro de mortes de menores de um ano de idade.