Sport e Ponte Preta tentam contornar a crise no Campeonato Brasileiro para focar exclusivamente no duelo pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, que leva o vencedor do torneio para a Copa Libertadores de 2018. A partida de ida entre eles acontecerá nesta quarta-feira, às 19h15, no estádio da Ilha do Retiro, no Recife. Na outra semana, decidirão a vaga em Campinas (SP).
O Sport vive o seu pior momento desde que o técnico Vanderlei Luxemburgo assumiu o comando. O time pernambucano não vence há seis jogos no Brasileirão e começa a flertar com a zona de rebaixamento. Com 29 pontos, está apenas três na frente do Vitória, o 17.º colocado. Na Copa Sul-Americana, eliminou o Arsenal, da Argentina, na fase anterior e o Danubio, do Uruguai, nos pênaltis, na primeira.
A Ponte Preta está lutando para afastar a pressão em cima do técnico Gilson Kleina. O clube campineiro, apesar de estar com 28 pontos, vem para o duelo contra o Sport motivado após buscar o empate por 2 a 2 diante do São Paulo, fora de casa. A equipe já foi vice-campeã da Copa Sul-Americana, em 2013, e chegou nas oitavas após eliminar Gimnasia La Plata, da Argentina, e Sol de América, do Paraguai.
No Sport, Vanderlei Luxemburgo vai ter uma série de desfalques. O zagueiro Henríquez está suspenso e o meia Everton Felipe, lesionado. Além disso, o volante Wesley e atacante Osvaldo – inscritos na competição por São Paulo e Fluminense, respectivamente – não podem jogar pelo time pernambucano.
Com isso, o treinador deverá promover o retorno de Durval na defesa, juntamente com Anselmo e Thomás. O meia deve brigar por posição com Rogério, caso Vanderlei Luxemburgo opte por uma formação mais ofensiva.
“A Sul-Americana motiva. São dois jogos decisivos com um grande objetivo pela frente. Vamos virar a chave, pois não podemos nos apegar aos números do Brasileiro. Temos que estar motivados e entrar fortes, com espírito de luta”, ressaltou o volante Patrick.
Na Ponte Preta, com desgaste muscular, Emerson Sheik nem viajou com a delegação, sendo o principal desfalque. Por outro lado, Gilson Kleina poderá contar com o atacante e principal goleador do time Lucca, recuperado de uma entorse no tornozelo esquerdo.
A vaga de Emerson Sheik, em princípio, vai ficar com o centroavante Léo Gamalho. Mas durante o jogo quem deve entrar é o meia Renato Cajá, ainda com ritmo de jogo inferior aos companheiros. Como o time chegou ao Recife na segunda-feira à noite, nesta terça fez um treino de reconhecimento ao gramado do estádio da Ilha do Retiro, que não está em boas condições.
“A nossa pretensão é fazer um grande jogo e saber usar o regulamento. Isso é o mais importante. O Sport na Ilha tem muita força e por não estar tendo resultados positivos sabemos que haverá mudanças no sentido de cobrança. Temos que entrar com atitude e com postura. E com esta reação que tivemos contra o São Paulo, que tenhamos uma crescente nos dois campeonatos”, explicou Gilson Kleina.