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CAMPEÕES
Futebol para cegos, atletismo para deficientes físicos e
visuais, vôlei sentado e natação: conquistas brasileiras

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Nas últimas edições dos Jogos Paraolímpicos e dos Parapan-Americanos, a performance dos para-atletas brasileiros superou o desempenho dos esportistas sem deficiência. Na Olimpíada de Pequim, em 2008, o País conquistou 15 medalhas, terminando como o 23º colocado entre as nações competidoras. Já nos Jogos Paraolímpicos disputados na sequência, o Brasil trouxe para casa 47 medalhas, cravando a nona posição na classificação geral, à frente de países como Itália, Espanha e Alemanha, que tradicionalmente superam o Brasil nos jogos regulares. Campeão dos Jogos Parapan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, o País figura entre os favoritos para a edição deste ano, em novembro, em Guadalajara, México. A consolidação do Brasil como uma potência paraesportiva é positiva, mas levanta questões. Se os investimentos das empresas ainda estão concentrados nos esportes tradicionais, como explicar a alta performance de nossos para-atletas?

Para Andrew Parsons, presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), o bom desempenho é resultado de um intenso trabalho de planejamento técnico, que determina com rigor a utilização do orçamento do comitê, estimado em R$ 42 milhões para 2011, menos da metade do orçamento de potências paraolímpicas como Estados Unidos e Canadá. “Investimos pelo menos 10% desse valor na detecção de novos talentos, que podem ser representados tanto por jovens atletas quanto por pessoas mais maduras, que adquiriram alguma deficiência depois de adultas”, diz Parsons. “Porém, não acho justo comparar a performance dos paraesportistas com os atletas regulares. Prefiro dizer que nossos concorrentes são os comitês paraolímpicos de outros países e não o COB (Comitê Olímpico Brasileiro).” O fato é que o COB recebe muito mais recursos do que o CPB. De acordo com a lei Agnelo/Piva, sancionada em 2001, 2% da arrecadação bruta das loterias da Caixa Econômica Federal deve ser destinada ao esporte nacional. Deste total, 85% ficam com o COB e 15% vão para o CPB. “Mas também temos um convênio com o Ministério dos Esportes, que representa cerca de R$ 8 milhões por ano”, completa Parsons.

Maior medalhista paraolímpico brasileiro, o nadador Daniel Dias também evita comparar a atuação de seus pares com os atletas regulares, mas admite que ainda faltam investimentos nas modalidades paraesportivas no Brasil. “Os para-atletas representam bem o País, mas muitas empresas não querem apostar nesse nicho”, afirma. “O que elas não percebem é que os paraesportistas também dão retorno financeiro. Não é uma questão de ajudar os deficientes porque somos coitadinhos.” Dias não possui as mãos e os pés devido a uma má-formação congênita. Em sua primeira paraolimpíada, em Pequim, conquistou nove medalhas. Prova da força de vontade que move os para-atletas e que justificaria o alto desempenho, na opinião de Paulo Brancatti, professor de educação física do campus de Presidente Prudente da Universidade Estadual Paulista (Unesp). “Os para-atletas são muito dedicados porque veem o esporte como uma oportunidade de vencer na vida”, diz. “Com as atividades físicas, superam seus limites e reafirmam seu valor. Por isso, têm tanta vontade de ganhar.” Vontade que deve continuar impulsionando o crescimento paraesportivo do Brasil.  

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