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"É uma tendência colocar chefs de cozinha nos bares, para quem
procura comida de restaurante em um ambiente mais descontraído"

Marcela Tiradentes, chef de cozinha da Adega Santiago

Para aqueles que adoram experimentar pratos bem elaborados, mas não querem pagar os preços dos restaurantes estrelados ou não se sentem à vontade em ambientes formais, com mesas repletas de copos e talheres e garçons cheios de mesuras, o mundo gastronômico se incumbiu de criar uma alternativa. Empresários antenados com o que acontece no Exterior pegaram um pouquinho do que existe nos bons restaurantes, mais um tanto do que se vê nos bares, e criaram o gastrobar, uma versão com jeitinho brasileiro dos gastropubs britânicos, as brasseries francesas ou as tascas portuguesas.

O maior diferencial é justamente a presença de um chef de cozinha. “É comida de restaurante em um ambiente de bar”, explica a chef Marcela Tiradentes, da Adega Santiago, em São Paulo, especializada em comida portuguesa e espanhola. A experiência de trazer a alta gastronomia para um ambiente mais descontraído deu tão certo que o proprietário, Ipe Moraes, vai abrir ainda este ano outra casa com a mesma proposta. “Percebi que havia esse mercado para gente que gosta de um lugar mais informal e interativo e também de comer bem”, comenta o empresário.

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SUGESTÃO
Chef Dudu Borger, do Back Gastrobar, mostra uma de
suas criações, o tutano assado no osso com alho e salsa

Apesar de bem elaborado, o cardápio de um gastrobar tem que ser simples, para que possa ser apreciado em um balcão, se necessário. Deve ainda ser composto por pratos feitos para compartilhar. No Back Gastrobar, também na capital paulista, o sucesso do menu é o grande prato de frutos do mar (R$ 75 para três pessoas). Outro carro-chefe é o camembert de cabra, servido como entrada para dividir (R$ 23). “Aqui se usam técnicas de alta gastronomia, mas mantendo o preço de bar”, explica o chef e proprietário Dudu Borger. Na Adega Santiago, os mais populares são a bacalhoada no forno a lenha (R$ 127) e o arroz de pato (R$ 53), para dois. “Em um gastropub, a comida é o rei”, ensina um dos precursores do conceito, o estrelado chef escocês Tom Kitchin, que está no Brasil participando do Whisky Festival 2011.