Um estranho sentimento de que algo não está certo. Muito estranho, mas é o que Joyce pensa quando é homenageada no exterior como uma das artistas que melhor divulga a imagem de seu país no mundo. “É como diz o Dori Caymmi, me sinto como se estivesse fazendo propaganda enganosa”, ela diz. “Cantamos um Brasil que não existe.”

Sem uma agenda regular de shows em seu próprio país, Joyce segue recebendo homenagens que a reconhecem como uma das maiores criadoras da música moderna. Em 2004, recebeu nos Estados Unidos o Lifetime Achievement International Press Award, concedido justamente a quem divulga a boa imagem do país no exterior. Antes disso, em 2001, havia recebido a chave da cidade de Johnstown, na Pensilvânia, entregue pelo próprio prefeito. Mais recentemente, em 2015, foi homenageada pela Câmara dos Vereadores de Boston e pela Assembleia do Estado de Massachusetts durante viagem para falar aos estudantes de música da Berklee College of Music.

No próximo mês, ela segue para o maior festival da Dinamarca, o Copenhagen Jazz Festival, e, em agosto, dedica-se a uma longa turnê nos Estados Unidos, que começa em Seattle e termina no Blue Note de Nova York. De lá, embarca para uma séries de shows no Japão. E está tranquila. Em 2016, a embaixadora cruzou o Atlântico sete vezes entre fevereiro e dezembro.

JOYCE MORENO

‘Palavra e Som’

Biscoito Fino – Preço médio: R$ 30

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.