As bolsas asiáticas fecharam na maioria em baixa nesta quinta-feira, em um dia de cautela após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de elevar os juros em 0,25 ponto porcentual, como esperado. O aperto monetário mesmo diante do enfraquecimento da inflação nos Estados Unidos deixou alguns investidores mais temerosos na Ásia, embora a reação tenha sido mínima nas bolsas de Nova York.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 0,26%, em 19.831,82 pontos. As exportadoras japonesas recuaram, diante do fortalecimento do iene ante o dólar, causado por um dado fraco de inflação nos Estados Unidos divulgado na quarta-feira.

Nos mercados chineses, o índice Xangai Composto fechou em alta de 0,1%, em 3.132,49 pontos, enquanto o Shenzhen avançou 0,9%, a 1.869,71 pontos. O Xangai Composto ainda conseguiu registrar leve alta, após passar boa parte do pregão em território negativo. O mercado acionário chinês foi apoiado por uma injeção líquida de 90 bilhões de yuans no sistema bancário feita pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), com a intenção de aliviar o estresse sobre a liquidez e estabilizar o sentimento no mercado, segundo analistas. Porém a desaceleração no crescimento do crédito ocorrida no mês passado é vista como uma mostra do compromisso de Pequim com a desalavancagem. “Isso significa que o impulso para cima do mercado é limitado”, disse Li Lifeng, analista da Sinolink Securities.

Na Bolsa de Seul, o índice Kospi fechou em queda de 0,46%, em 2.361,65 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,20%, a 25.565,34 pontos. Nas Filipinas, o índice PSEi, da Bolsa de Manila, recuou 0,02%, a 7.964,49 pontos. Em Taiwan, por outro lado, o Taiex chegou a cair 0,3%, mas se recuperou e fechou em alta de 0,2%, em 10.088,35 pontos.

Na Oceania, na Bolsa da Austrália o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 1,2%, em 5.763,20 pontos. O aperto monetário nos EUA gerou cautela. Além disso, ações de grandes recuaram, após dois dias de ganhos. Papéis do setor de energia também se saíram mal, por causa da fraqueza do petróleo, e mineradoras também recuaram.