TEERÃ, 7 FEV (ANSA) – O Irã condenou firmemente nesta sexta-feira (7) as novas sanções financeiras impostas pelos Estados Unidos, chamando-as de “ilegais” e “injustificadas”.
As críticas são feitas um dia após a administração de Donald Trump anunciar medidas contra uma “rede internacional” acusada de fornecer petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares do país persa.
“A decisão do novo governo dos EUA de pressionar a nação iraniana impedindo o comércio legal do Irã com seus parceiros econômicos é uma medida ilegítima, ilegal e violenta”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Teerã, Esmaeil Baqaei, em um comunicado.
Segundo ele, a medida é “completamente injustificada e contrária às regras internacionais”.
Por sua vez, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, instou seu governo a recusar qualquer negociação com Estados Unidos, alegando que seria “imprudente”, além de não ser inteligente, nem honroso.
Para Khamenei, que acusou os Estados Unidos de “arruinarem, violarem e destruírem” o acordo nuclear de 2015, negociar com Washington não resolverá os problemas do país.
“Eles não devem fingir que se nos sentarmos à mesa de negociações com este governo os problemas serão resolvidos.
Nenhum problema será resolvido negociando com a América”, insistiu ele, citando “experiências” anteriores.
Trump, que assumiu seu segundo mandato no último dia 20 de janeiro, voltou a adotar sua política de “pressão máxima” contra o Irã, argumentando que a nação tenta desenvolver armas nucleares.
Entretanto, o líder supremo alertou que o Irã adotará medidas recíprocas se o governo Trump ameaçar ou atuar contra o país, principalmente porque Teerã já foi “muito generoso” e fez “concessões”, mas “não alcançou os resultados esperados”, porque “a mesma pessoa que está no poder agora rompeu o tratado”.
(ANSA).