O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, viajou, nesta quinta-feira (6), para os Estados Unidos para uma cúpula com o presidente americano, Donald Trump, na qual buscará garantias sobre a aliança entre os dois países.
Tóquio está preocupado com a política de Trump que implica maiores barreiras alfandegárias e requer que seus aliados, como o Japão, assumam uma parte maior dos custos de sua defesa.
“Seria maravilhoso se pudéssemos afirmar que vamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento desta região e do mundo, e pela paz”, disse Ishiba a jornalistas em Tóquio antes de partir.
O Japão deve “continuar assegurando o compromisso dos Estados Unidos na região para evitar qualquer vácuo de poder que leve à instabilidade regional”, afirmou, em 24 de janeiro, ao Parlamento japonês.
O arquipélago, que abriga cerca de 54.000 militares americanos, sobretudo na região de Okinawa, a leste de Taiwan, está preocupado com as reivindicações territoriais da China na região.
Pequim considera Taiwan como uma província rebelde e não descarta uma reunificação, à força se necessário.
Takashi Shiraishi, professor de relações internacionais na Universidade de Kumamoto, disse à AFP que é “extremamente importante” que o Japão e os Estados Unidos trabalhem juntos para evitar uma crise.
Em sua reunião na sexta-feira, os dois líderes poderão propor um aumento das importações de gás natural americano, segundo veículos de comunicação japoneses, o que fortaleceria a segurança energética do país, pobre em recursos.
O Japão reduziu suas importações de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia e agora precisa de novas fontes de energia.
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