Naomi Campbell vai recorrer de sanção envolvendo organização beneficente

A ex-modelo britânica Naomi Campbell, 54, anunciou nesta quarta-feira (5) que vai recorrer da proibição de dirigir uma organização beneficente que lhe foi imposta após a descoberta de gastos indevidos dentro da fundação, dedicada ao combate à pobreza.

Uma investigação feita em setembro passado pelo órgão regulador britânico Charity Commission revelou que apenas 8,5% dos gastos da organização Fashion for Relief foram direcionados para doações beneficentes entre abril de 2016 e julho de 2022.

Entre os gastos exorbitantes encontrados há uma passagem aérea de 12.300 libras (89 mil reais) de Londres para a cidade francesa de Nice a fim de enviar obras de arte e joias para um evento beneficente em Cannes em 2018.

Outra despesa encontrada pela investigação foi uma fatura de hotel de 7.800 libras (57 mil reais) por três noites. A conta incluía gastos com banhos termais, serviço de quarto e a compra de cigarros e outros produtos.

A Fashion for Relief foi retirada do registro de associações e Naomi perdeu o direito de dirigir organizações beneficentes no Reino Unido por cinco anos. Ela manifestou hoje seu “agradecimento” pela Justiça ter permitido a apelação. O caso será examinado na próxima sexta-feira por um tribunal, segundo a agência de notícias britânica PA.

Naomi voltou a negar ter feito o trabalho filantrópico em benefício próprio e disse desejar que “os responsáveis prestem contas”. Ela afirmou que uma conta de e-mail falsa forjando a sua identidade foi usada em comunicações com advogados.

“Quero ressaltar o quão fácil é falsificar identidades online”, destacou a estrela das passarelas dos anos 1990, que chamou em setembro as conclusões da investigação de “profundamente errôneas”. Naomi afirmou que não estava “envolvida nas operações diárias da organização” e que havia “delegado a gestão jurídica e operacional a terceiros”.

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