O Ministério Público de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Civil cumpriram um mandado de busca e apreensão nesta terça-feira, 4, contra um delegado da corporação, como desdobramento da investigação sobre o delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) Vinícius Gritzbach, morto a tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro de 2024. O nome do agente não foi informado.
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Segundo o MP, um policial preso em dezembro fazia pagamentos periódicos ao delegado. De acordo com os investigadores, o dinheiro usado para efetuar os pagamentos era decorrente de arrecadação de valores obtidos por atos de corrupção policial em favor de organização criminosa.
Em 30 de janeiro, a Corregedoria da Polícia Militar indiciou policiais militares presos por suspeita de participação no assassinato de Gritzbach. No total, 17 PMs foram presos desde o dia 16 de janeiro por envolvimento no caso.
Três deles são acusados diretamente de matar o delator, enquanto outros 14 fariam a escolta do empresário. De acordo com as investigações, os agentes têm envolvimento com o crime organizado.
Gritzbach estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, zona leste paulistana.