Rubio dá ultimato ao Panamá para acabar com influência da China

WASHINGTON, 3 FEV (ANSA) – O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, alertou as autoridades do Panamá que Washington “tomará as medidas necessárias” contra o país se a influência da China sobre o Canal do Panamá não for reduzida.   

Em visita no último domingo (2), o político norte-americano disse ao presidente do Panamá, José Raúl Mulino, que Donald Trump acredita que “a atual posição de influência e controle do Partido Comunista Chinês sobre a área do Canal do Panamá é uma ameaça” e representa “uma violação do tratado”.   

“O secretário deixou claro que este status quo é inaceitável e que, na ausência de mudanças imediatas, os Estados Unidos tomarão as medidas necessárias para proteger seus direitos de acordo ao tratado”, relatou uma nota da porta-voz Tammy Bruce.   

Por sua vez, Mulino propôs a Rubio iniciar discussões “técnicas” sobre a questão do Canal do Panamá. Em entrevista coletiva após a reunião bilateral, o líder panamenho disse que “não tem a impressão de que haja neste momento uma ameaça real ao tratado, e muito menos o uso de força militar para tomar o controle do Canal”.   

Além disso, o presidente panamenho garantiu que não renovará o memorando de entendimento de 2017 para ingressar na Rota da Seda Chinesa e que buscará colaborar com os Estados Unidos em novos acordos de investimentos, incluindo projetos de infraestrutura.   

Por fim, Mulino acrescentou que a soberania do país sobre o Canal “não está em questão”.   

Após o encontro, o secretário dos EUA visitou o Canal do Panamá e conheceu as eclusas do Canal de Miraflores, onde os administradores lhe concederam uma visita guiada a um petroleiro com bandeira panamenha que passava por ali. (ANSA).