WASHINGTON (Reuters) – Os investigadores planejam avançar na sexta-feira com os esforços para recuperar as duas aeronaves envolvidas em um acidente em Washington que matou 67 pessoas e levantou questões sobre a segurança aérea na capital dos Estados Unidos.
Depois de recuperar as chamadas caixas-pretas do avião da American Airlines que caiu no rio Potomac após colidir com um helicóptero Black Hawk do Exército na quarta-feira, os mergulhadores pretendem “resgatar a aeronave” e encontrar componentes adicionais na sexta-feira, informou o corpo de bombeiros de Washington.
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O National Transportation Safety Board está estudando o gravador de voz da cabine de comando e o gravador de dados de voo do avião CRJ700, que transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, todos mortos no acidente. Os três membros da tripulação do helicóptero também morreram.
As autoridades não identificaram o motivo da colisão, que aconteceu quando o jato regional tentava pousar no Aeroporto Nacional Ronald Reagan Washington.
Os militares disseram que a altitude máxima para a rota que o helicóptero estava percorrendo era de 61 metros, mas ele poderia estar voando mais alto. A colisão ocorreu a uma altitude de cerca de 91 metros, de acordo com o site de rastreamento de voos FlightRadar24.
A senadora Maria Cantwell, a principal democrata do Comitê de Comércio do Senado, questionou a segurança de voos militares e comerciais separados por apenas 107 m na vertical e na horizontal. Ela também pediu que o governo reconsidere a permissão de tantos voos de helicóptero próximos a um aeroporto tão movimentado.
As comunicações por rádio mostraram que os controladores de tráfego aéreo alertaram o helicóptero sobre a aproximação do jato e ordenaram que ele mudasse de rota.
O presidente-executivo da American Airlines, Robert Isom, disse que o piloto do voo 5342 da American Eagle tinha cerca de seis anos de experiência de voo. O jato Bombardier era operado pela PSA Airlines, uma subsidiária regional.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que o helicóptero era pilotado por uma “tripulação bastante experiente” de três soldados que usavam óculos de visão noturna em um voo de treinamento anual. As autoridades disseram que estavam suspendendo outros voos da unidade do Exército envolvida no acidente e que reavaliariam os exercícios de treinamento na região.