O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou o diplomata André Corrêa do Lago para chefiar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada em Belém (PA). O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira, 21, após uma reunião com ministros.
A COP30 acontece em novembro e, pela primeira vez, terá sede na floresta amazônica. O evento discute problemas ambientais em nível global, o que dá ao Brasil a oportunidade de protagonizar o debate sobre mudanças sustentáveis. Ana Toni, secretária do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, será a secretária-executiva da conferência.
Em rápida entrevista coletiva após o anúncio, Corrêa do Lago disse que o governo brasileiro está avaliando todas as decisões do novo presidente norte-americano, Donald Trump, que na véspera anunciou a retirada dos EUA do acordo do clima de Paris, mas que haverá impacto significativo na preparação da COP.
Conheça André Corrêa do Lago
Tendo em vista a retumbância da conferência, a designação de André Corrêa do Lago para presidir a COP30 não foi uma surpresa no Brasil nem no exterior. Nome conhecido no meio diplomático, ele exerce o ofício desde 1983, com décadas de experiência em negociações climáticas.
Atualmente com 65 anos, André é casado e tem quatro filhos. Desde o início do governo Lula, opera como negociador-chefe do Brasil em todas as reuniões ambientais no campo internacional, sendo lembrado pelo bom-humor.
É formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e neto de Oswaldo Aranha – político, diplomata e advogado gaúcho.
Corrêa já dirigiu o Departamento de Energia do Ministério das Relações Exteriores, além do Departamento de Meio Ambiente do Itamaraty. De 2013 a 2018, foi embaixador do Brasil no Japão e, até 2023, exerceu a função na Índia. Após isso, assumiu a Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty.