O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor na manhã deste domingo, 19, após algumas horas de atraso. A trégua foi iniciada apenas após o grupo terrorista divulgar a lista dos primeiros reféns que serão libertados.
“De acordo com o plano para a libertação dos reféns, a primeira fase do cessar-fogo em Gaza entra em vigor às 11h15, horário local”, disse um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Ontem, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu havia informado que Israel não daria continuidade ao cessar-fogo até receber uma lista dos 33 reféns que serão libertados pelo Hamas na primeira fase do acordo.
Nesta manhã, o Hamas divulgou o nome de três mulheres que serão libertadas: Romi Gonen, de 24 anos; Emily Damari, 28 anos; e Doron Steinbrecher, 31 anos.
Esta é a segunda vez que Israel e o Hamas acordam uma trégua desde outubro de 2023. A primeira interrupção no conflito ocorreu no final de novembro do mesmo ano, mas durou apenas uma semana.
Ataques após as 8h30
A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou no domingo 19 mortos e pelo menos 36 feridos por bombardeios israelenses no território palestino desde as 08h30, horário em que uma trégua estava inicialmente programada para começar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alegou que ainda não havia recebido uma lista com os nomes dos três primeiros reféns a serem libertados e disse que a trégua na Faixa de Gaza não começaria até que Israel tivesse a lista.
O Hamas disse no domingo estar comprometido com o acordo e que o atraso se deveu a “razões técnicas no terreno”, sem dar mais detalhes.
No sábado, Netanyahu advertiu que Israel não iniciaria os preparativos para libertar os prisioneiros palestinos sem os nomes dos três primeiros reféns a serem libertados.
Na primeira fase do acordo, Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo de seis semanas, durante o qual haverá uma troca gradual de 33 reféns israelenses por mais de 1.900 prisioneiros palestinos.
Durante essas seis semanas também ocorrerão negociações para uma segunda fase da trégua, que completaria a libertação de todos os reféns israelenses em Gaza e estabeleceria as bases para o fim da guerra.