Redes sociais só vão operar no Brasil se respeitarem legislação, diz Moraes

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse nesta quarta-feira, 8, que as redes sociais só continuarão operando no Brasil se “respeitarem a legislação brasileira”. A declaração foi feita durante uma roda de conversa em ato realizado em memória aos dois anos dos ataques antidemocráticos aos Três Poderes.

+ MPF questiona Meta se política de fim de checagem será aplicada no Brasil

“As redes sociais não são terra sem lei. No Brasil, só continuarão a operar se respeitarem a legislação brasileira, independentemente de bravatas de dirigentes das big techs”, disse Moraes.

O magistrado disse ainda que os tomadores de decisões das big techs “por terem dinheiro, acham que podem dominar o mundo”.

“Pelo Brasil, tenho absoluta certeza e convicção de que o STF não vai permitir que as big techs, as redes sociais, continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou, ainda, somente visando o lucro, para ampliar discursos de ódio, nazismo, fascismo, misoginia, homofobia e discursos antidemocráticos”.

A fala de Zuckerberg repercutiu no Planalto. Ontem, 7, João Brant, secretário de Políticas Digitais do governo Lula, disse que o CEO da Meta se aliou a Trump e Musk contra o Brasil e a União Europeia.

“Facebook e Instagram vão se tornar plataformas que vão dar total peso à liberdade de expressão individual e deixar de proteger outros direitos individuais e coletivos. A repriorização do ‘discurso cívico’ significa um convite para o ativismo da extrema-direita”, escreveu em sua conta no X (antigo Twitter).