A Polícia Civil prendeu Paulo César Gomes da Silva Dutra, de 33 anos, conhecido como Banucha Gomes, em 11 de dezembro de 2024, em Rio das Ostras (RJ), acusado de ensinar técnicas de estelionato a criminosos em sites, além de vender dados pessoais, contas bancárias e cartões clonados nas plataformas.
Segundo as autoridades, Banucha Gomes operava um site ilegal conhecido como “Brasil Store”, uma loja exclusiva para criminosos. A plataforma foi retirada do ar, mas oferecia acesso a informações sobre como abrir contas bancárias e fazer compras virtuais em nome de terceiros. As informações são do “Fantástico”, da “TV Globo”.
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De acordo com as investigações da Polícia Civil de São Paulo, o suspeito chegou a disponibilizar dez mil cartões clonados aos clientes apenas no final do ano. Conforme a corporação, 50 mil pessoas estavam cadastradas nas duas plataformas que Banucha Gomes foi acusado de administrar.
Com o suspeito, as forças de segurança encontraram um computador com 180 mil cartões clonados, drogas e duas armas de fogo com numeração raspada. As autoridades apontam que o faturamento de Banucha Gomes com os alunos golpistas chegava a R$ 1,5 milhão.
“Ele [Banucha Gomes] ensinava passo a passo quais as técnicas, nomes dos equipamentos e como deveria ser praticado o crime. Ele tinha uma apostila que ele dava uma verdadeira aula”, explicou José Luiz Ramos Cavalcanti, diretor do Deinter-5 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior).
Conforme as autoridades, Banucha Gomes tinha um “dicionário do golpe” em que explicava termos como “lara”, usado para se referir a laranjas, contas bancárias em nome de terceiros para transferências financeiras. “Não recomendo ninguém usar conta pessoal, tanto para enviar quanto para receber dinheiro nos ‘trampos’”, comentou o suspeito em um áudio disponibilizado na plataforma.
Contas laranjas com direito a cartão de débito eram vendidas por R$ 1.600 no site do suspeito. Banucha Gomes também é acusado de oferecer um pacote “Kit Bico”, nome de combo que garantia conta bancária aberta, senha de acesso pessoal a diversas lojas e cartões clonados de terceiros.
A Polícia Civil declarou que o suspeito fazia vídeos com armas de fogo para intimidar seguidores.
A defesa de Banucha Gomes declarou que as acusações são “infundadas e superficiais”. Os representantes do suspeito também pontuaram que ele não tem antecedentes criminais e está à disposição da Justiça para prestar quaisquer esclarecimentos.